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"Minha irmã está sob os escombros. Não dá sinal de vida. Ouve-se apenas os gatos", lamentou angustiado Guido Bordo, de 69 anos, em declarações à AFP, enquanto esperava em Accumoli notícias sobre seus familiares.
Os operadores pedem continuamente silêncio para poder ouvir os lamentos, gritos e sinais para poder escavar e tentar salvar as vítimas.
Uma família inteira, dois adultos e dois filhos, que estavam de férias nesta região perdeu a vida no tremor. "Salvei-me milagrosamente. Dez segundos foram suficientes para destruir tudo", contou Marco, morador de Amatrice, ao jornal La Repubblica.
O prefeito do pequeno povoado de Accumoli, Sergio Pirozzi, contou que sua comunidade, situada a 40 km do epicentro, ficou completamente destruída.
"Setenta e cinco por cento do povoado não existem mais", lamentou comovido depois de confirmar danos no hospital local.
Muitos turistas estavam na região para participar das festas organizadas todos os anos em Amatrice por ocasião da criação de uma famosa receita de espaguete. "Os hotéis estavam todos lotados", explicou o prefeito. Trata-se de uma das zonas com mais risco sísmico da Itália, país que possui uma geologia muito particular.
O papa Francisco interrompeu sua tradicional audiência de quarta-feira para manifestar sua dor pelas vítimas e disse ter ficado abalado com a notícia.
O centro da Itália sofreu há sete anos, durante a madrugada, um forte terremoto de 6,3 graus que deixou mais de 300 mortos na região de Áquila.