Policiais investigam a cena onde um caminhão se jogou sobre uma multidão que comemorava a data nacional da França, a queda da Bastilha, na cidade litorânea de Nice, sul do país Foto: Alberto Estevez/Pool/Agência Lusa
O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta quarta-feira (20) que 15 feridos no ataque da última quinta-feira (14) em Nice ainda estão "entre a vida e a morte".
Até o momento, o atentado na Promenade des Anglais deixou 84 mortos, mas o balanço pode se aproximar de 100 vítimas fatais, caso pessoas internadas em estado grave não consigam escapar.
Também nesta quarta-feira, a Assembleia Nacional, câmara baixa do Parlamento francês, aprovou a prorrogação do estado de emergência no país por mais seis meses. A medida está em vigor desde os atentados de 13 de novembro, que mataram 130 pessoas em Paris, mas deveria ser encerrada em 24 de julho, não fosse o ataque em Nice.
Ela aumenta os poderes da polícia para efetuar mandados de busca e prisões e valerá, pelo menos, até janeiro de 2017, se o país não for alvo de mais nenhuma operação terrorista. "Para responder à ameaça, devemos mais do que nunca fazer prevalecer nossa coesão nacional. O povo francês deve permanecer unido na mesma resposta", disse Hollande.
NICE - O ataque em Nice foi cometido por Mohamed Lahouaiej Bouhlel, um franco-tunisiano de 31 anos, que dirigiu um caminhão em alta velocidade sobre uma multidão que assistia à queima de fogos de artifício em comemoração à Queda da Bastilha, data nacional da França. O atentado foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).