Internacional

Refugiados na Grécia criam rádio na internet

Emilayne Mayara dos Santos
Emilayne Mayara dos Santos
Publicado em 29/06/2016 às 14:37
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Um grupo de migrantes criou em Atenas a "Shabab Radio", uma rádio na internet para contar a situação de dezenas de milhares de refugiados na Grécia / Foto: AFP

Um grupo de migrantes criou em Atenas a "Shabab Radio", uma rádio na internet para contar a situação de dezenas de milhares de refugiados na Grécia Foto: AFP

Um grupo de migrantes e refugiados criou em Atenas a "Shabab Radio", uma rádio na internet para contar a situação de dezenas de milhares de refugiados presos no país pelo fechamento das fronteiras.


Criada em 21 de maio, "Shabab" (amigos, em árabe), que emite sinal de Atenas em inglês, árabe, farsi (língua persa) e grego, reúne sobretudo migrantes e refugiados de diferentes nacionalidades, com a pretensão de difundir "um discurso intercultural".

"Todos temos origens diferentes, histórias nossas que deixamos para trás, mas compartilhamos a única coisa que nos impede de dormir à noite: como fazer para que as pessoas se unam e compartilhem o que mais importa para a gente", explica a equipe de rádio no Facebook.

"Somos um geração em movimento, queremos falar entre nós ao invés de falar das histórias de cada um de nós", destacam.

Estes "Shabab" falam da "falta de liberdade de expressão no Oriente Médio", região de origem de muitos refugiados dos quais a maioria é de sírios, mas também do fato de que também na Europa "o sistema econômico e social não leva em conta plenamente nossas vozes".

Por que a rádio? "Porque temos que ser facilmente acessíveis, inspirar e distrair, e tentar que este movimento e esta comunidade se convertam em algo que possamos seguir alimentando", contam.

Os programas, músicas e discussões, se constroem pouco a pouco desde a criação da rádio.

A Grécia, principal porta de entrada em 2015 para mais de um milhão de migrantes que chegaram à Europa, acolhe atualmente mais de 57.000 migrantes, dos quais 8.700 chegaram depois do acordo entre a UE e a Turquia, e vivem em campos de detenção nas ilhas do Egeu.

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