"Vocês sabem por que um setor radical da direita venezuelana não se sentou para dialogar? Porque o secretário-geral lhes ofereceu a aplicação da Carta Democrática na Venezuela no dia 23", disse, chanceler venezuelana, Rodríguez. Foto: Erika Santelices / AFP
"Vocês sabem por que um setor radical da direita venezuelana não se sentou para dialogar? Porque o secretário-geral lhes ofereceu a aplicação da Carta Democrática na Venezuela no dia 23", disse Rodríguez durante uma sessão extraordinária da OEA, em Washington.
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Mas segundo Rodríguez, Almagro, que assinalou "desconhecer" o governo do presidente Nicolás Maduro, estaria dando a entender aos opositores venezuelanos "que não faz falta nenhum diálogo". "Obstaculiza o diálogo na Venezuela", disse.
O Conselho Permanente se reunirá na quinta-feira, por convocação de Almagro, para discutir a possibilidade da implementação da Carta Democrática na Venezuela, após um impactante informe do secretário-geral sobre a crise institucional e econômica no país petroleiro.
Mas a Venezuela solicitou cancelar a reunião e declarar a inadmissibilidade da solicitação de Almagro, enquanto chamou os países da região para respaldarem a iniciativa dos ex-presidentes.
"Deixem que este processo de diálogo, se tem interesse sincero nele, deixem que prospere, deixem que avance, deixem que os ex-presidentes e a Unasul façam o seu trabalho", apontou.
Representantes do governo venezuelano e a oposição iniciaram tímidas aproximações no fim de maio na República Dominicana, onde se reuniram separadamente com a comissão de ex-presidentes que tratava de sentá-los, ainda sem êxito, à mesa de conversações. "Passou apenas um mês", disse a chanceler venezuelana.