Crise no comércio

Mais de 400 pessoas são detidas por saques e distúrbios na Venezuela

MARÍLIA BANHOLZER
MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 15/06/2016 às 15:23
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Mais de 400 pessoas, entre elas menores de idade, foram detidas durante os distúrbios e saques em numerosos comércios na cidade de Cumaná, disse nesta quarta-feira (15) o governador do Estado de Sucre, Luis Acuña. A cidade tentava nesta quarta-feira voltar à normalidade e suas principais vias estavam sob ocupação das forças militares e policiais, após os violentos protestos contra a escassez de alimentos da véspera, quando ocorreram saques em mais de 20 padarias, supermercados e outros comércios em vários pontos da cidade.

Acuña, um político governista, disse que Cumaná retomou a calma e todos os serviços públicos e de transporte operam dentro da normalidade. Como consequência dos protestos e saques houve "mais de 400 detidos", disse Acuña à emissora Globovisión. Segundo ele, não foram registradas mortes.

O prefeito de Cumaná, David Velásquez, também um aliado do presidente Nicolás Maduro, decretou a suspensão por 72 horas da circulação de motocicletas de uso particular, como parte das medidas de segurança. Os incidentes ocorreram quatro dias após outros violentos distúrbios por causa da escassez de alimentos em Cerezal, também em Sucre, que deixaram um morto e 12 feridos

As autoridades detiveram na segunda-feira um guarda nacional por sua suposta responsabilidade na morte de um jovem que recebeu um disparo durante o protesto em Cerezal, disse a promotoria geral do país. Na última semana, morreram três pessoas como consequência dos disparos recebidos em meio aos protestos em Caracas, na cidade de San Cristóbal, no sudoeste do país, e no Estado de Sucre.

Em San Cristóbal, no Estado de Táchira, em 6 de junho morreu um homem após ser alvejado por balas de borracha na cabeça, em meio a uma tentativa de saques contra comércios. Por causa disso foi preso um policial em Táchira.

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