Os nomes dos 20 jornalistas mortos no ano passado foram acrescentados a um monumento comemorativo situado em Newseum, um museu privado dedicado à imprensa e ao jornalismo, próximo do Capitólio. Foto: Mandel Ngan / AFP
Os nomes dos 20 jornalistas mortos no ano passado foram acrescentados a este monumento comemorativo situado em Newseum, um museu privado dedicado à imprensa e ao jornalismo, próximo do Capitólio. Esses 20 nomes representam apenas uma pequena parte dos jornalistas mortos no exercício da profissão em 2015, lembrou o presidente e diretor-executivo do museu, Jeffrey Herbst.
Os jornalistas da Charlie Hebdo - Stephane Charbonnier, Georges Wolinski, Jean Cabut, Elsa Cayat, Philippe Honoré, Bernard Maris, Mustapha Ourrad e Bernard Verlhac - estão agora no museu.
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O ano de 2015 "foi particularmente trágico para os jornalistas, por isso escolhemos 20 pessoas, um número maior que o habitual, para representar todos aqueles que morreram", disse Herbst. O embaixador francês em Washington, Gerard Araud, assinalou que o ataque a Charlie Hebdo "nos mostrou porque defendemos hoje com tanta decisão nosso direito de falar e ilustrar sem censura".
"Defender uma imprensa livre e independente está profundamente ancorado em nossas respectivas culturas e protegido por nossos textos fundadores", acrescentou o diplomático, que também recordou que a luta pela liberdade de imprensa está inevitavelmente ligada aos assuntos de segurança mais gerais.
A cerimônia ocorreu depois de um fim de semana em que o jornalista americano David Gilkey, e seu colega e tradutor afegão, Zabihullah Tamanna, morreram na explosão de uma bomba enquanto cobriam o conflito no Afeganistão.