EUA

Vítimas do ataque a Charlie Hebdo são homenageadas em Washington

Ingrid
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Publicado em 06/06/2016 às 17:31
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Os nomes dos 20 jornalistas mortos no ano passado foram acrescentados a um monumento comemorativo situado em Newseum, um museu privado dedicado à imprensa e ao jornalismo, próximo do Capitólio. / Foto: Mandel Ngan / AFP

Os nomes dos 20 jornalistas mortos no ano passado foram acrescentados a um monumento comemorativo situado em Newseum, um museu privado dedicado à imprensa e ao jornalismo, próximo do Capitólio. Foto: Mandel Ngan / AFP

Os nomes dos oito jornalistas assassinados no ataque à revista satírica Charlie Hebdo, em janeiro de 2015, em Paris, foram colocados em um monumento em memória dos repórteres mortos no exercício da profissão, nesta segunda-feira, em Washington.

Os nomes dos 20 jornalistas mortos no ano passado foram acrescentados a este monumento comemorativo situado em Newseum, um museu privado dedicado à imprensa e ao jornalismo, próximo do Capitólio. Esses 20 nomes representam apenas uma pequena parte dos jornalistas mortos no exercício da profissão em 2015, lembrou o presidente e diretor-executivo do museu, Jeffrey Herbst.

Os jornalistas da Charlie Hebdo - Stephane Charbonnier, Georges Wolinski, Jean Cabut, Elsa Cayat, Philippe Honoré, Bernard Maris, Mustapha Ourrad e Bernard Verlhac - estão agora no museu.

Também foram homenageados dois jornalistas americanos que foram assassinados ao vivo na televisão por um antigo colega descontente, assim como blogueiros e cinegrafistas mortos em Brasil, Bangladesh, República Democrática do Congo, Iraque, México, Paquistão, Somália, Turquia e Síria.

O ano de 2015 "foi particularmente trágico para os jornalistas, por isso escolhemos 20 pessoas, um número maior que o habitual, para representar todos aqueles que morreram", disse Herbst. O embaixador francês em Washington, Gerard Araud, assinalou que o ataque a Charlie Hebdo "nos mostrou porque defendemos hoje com tanta decisão nosso direito de falar e ilustrar sem censura".

"Defender uma imprensa livre e independente está profundamente ancorado em nossas respectivas culturas e protegido por nossos textos fundadores", acrescentou o diplomático, que também recordou que a luta pela liberdade de imprensa está inevitavelmente ligada aos assuntos de segurança mais gerais.

A cerimônia ocorreu depois de um fim de semana em que o jornalista americano David Gilkey, e seu colega e tradutor afegão, Zabihullah Tamanna, morreram na explosão de uma bomba enquanto cobriam o conflito no Afeganistão.

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