'Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?' ocupou uma página da revista Foto: Reprodução
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O próprio Riss responde, com a legenda "Apalpador de bundas na Alemanha" (tradução livre de "Tripoteur de fesses en Allemagne"), em uma referência às agressões sexuais registradas neste país na noite de Ano Novo. Segundo as denúncias, a maioria dos suspeitos seria de refugiados.
A Alemanha foi o país europeu que acolheu o maior número de refugiados sírios até agora.
"É nojento, mas vamos ignorar", publicou Tima Kurdi, a tia do pequeno Aylan, em sua conta no Twitter.
Tima mora no subúrbio de Vancouver, no oeste do Canadá, país que recebeu, na condição de refugiados, seu irmão, a mulher dele e os três filhos.
Em entrevista à televisão pública CBC, Tima Kurdi falou da dor da família.
"Desejo que as pessoas respeitem a dor da nossa família, que não é mais a mesma desde a tragédia", desabafou.
"É injusto nos fazerem mal de novo", completou Kurdi, imaginando a dor sentida por seu irmão, Abdallah, pai do menino afogado.
A charge deflagrou duras críticas nas redes sociais.
Em Paris, questionada pela AFP nesta quinta-feira, a revista não quis comentar a polêmica.