Eleições iranianas

Presidente iraniano vence legislativas, mas sem maioria própria

Ingrid
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Publicado em 29/02/2016 às 15:55
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O presidente Rohani, um religioso moderado, esperava fortalecer seu campo no Parlamento para continuar sua política de abertura iniciada com o Acordo Nuclear concluído com as grandes potências em 2015. / Foto: AFP

O presidente Rohani, um religioso moderado, esperava fortalecer seu campo no Parlamento para continuar sua política de abertura iniciada com o Acordo Nuclear concluído com as grandes potências em 2015. Foto: AFP

Os reformistas e seus aliados moderados que apoiam o presidente iraniano Hassan Rohani, avançaram consideravelmente frente aos conservadores nas eleições legislativas de sexta-feira, mas nenhuma das partes deverá obter a maioria, segundo os resultados oficiais e definitivos divulgados nesta segunda-feira.

A maioria dos ultraconservadores perderam sua cadeira no Parlamento, e o presidente Rohani poderá contar, além de seus próprios partidários, com deputados conservadores moderados em alguns assuntos e reformas. De 290 assentos, 103 são ocupados por conservadores ou próximos, 95 por reformistas/moderados ou próximos e 14 por independentes, cuja tendência política ainda é desconhecida.

É necessário acrescentar quatro conservadores moderados que foram apoiados pelos reformistas e cinco representantes das minorias religiosas que não têm nenhuma afiliação política. Um segundo turno será realizado em abril para preencher 69 lugares onde nenhum candidato obteve um número suficiente de votos para ser eleito no primeiro turno.

Os reformistas, que haviam em parte boicotado as legislativas de 2012, contavam apenas com trinta deputados - contra 200 para os conservadores - no Parlamento cessante. Com seus aliados moderados, eles terão pelo menos três vezes mais quórum na próxima assembleia. O Parlamento terá, pelo menos, catorze mulheres, a maioria reformistas, contra nove antes, todas conservadoras.

O presidente Rohani, um religioso moderado, esperava fortalecer seu campo no Parlamento para continuar sua política de abertura iniciada com o Acordo Nuclear concluído com as grandes potências em 2015.

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