Espanha registra primeiro caso de vírus zika vírus em grávida

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Espanha registra primeiro caso de vírus zika vírus em grávida

Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 04/02/2016 às 21:54
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Segundo o Departamento de Saúde, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada / Foto: Reprodução

Segundo o Departamento de Saúde, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada Foto: Reprodução

As autoridades da região espanhola da Catalunha confirmaram nesta quinta-feira (4) que uma mulher grávida de 13 semanas, que esteve recentemente na Colômbia, foi diagnosticada com o zika vírus. As autoridades catalãs acreditam que este é o primeiro caso de uma gestante infetada com o vírus zika na Espanha.

Segundo o Departamento de Saúde da Catalunha, a mulher está recebendo assistência, mas não está hospitalizada. Os sintomas e sinais clínicos da infeção, transmitida aos seres humanos por picada de mosquito, são muito parecidos com os da gripe, como febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.

Geralmente, os sintomas começam a desaparecer quatro ou cinco dias depois do início da infecção. O período normal de incubação varia entre três a 12 dias.

No caso de mulheres grávidas, o vírus está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos, principalmente casos de microcefalia.

Na segunda-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que o recente aumento de casos de microcefalia e de desordens neurológicas na América Latina constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional, adiantando que existe uma forte suspeita de que o aumento dos casos seja causado pelo vírus Zika.

A microcefalia é um distúrbio de desenvolvimento fetal que resulta num perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, com consequências no desenvolvimento do bebê.

A OMS confirmou que foram detetados casos do vírus em 25 países e territórios das Américas.

Segundo a agência das Nações Unidas, a doença está se propagando “de forma explosiva” pelo continente americano, com três a quatro milhões de casos esperados em 2016, dos quais 1,5 milhão no Brasil, o país mais afetado.

O Departamento de Saúde da Catalunha indicou que, até ao momento, foram diagnosticados seis casos positivos e notificados 10 casos suspeitos na região, todas pessoas que viajaram recentemente para países da América do Sul.
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