Irã se reintegra à comunidade internacional após fim das sanções

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Irã se reintegra à comunidade internacional após fim das sanções

Rafael Paranhos da Silva
Publicado em 17/01/2016 às 13:29
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'HORA DE CONSTRUIR O PAÍS' - Além de tentar tranquilizar o exterior ao afirmar que "o Irã não é uma ameaça para nenhum país", mas um "porta-voz da paz", o presidente iraniano também quis calar críticas internas e destacou que "o acordo nuclear não representa a vitória de uma tendência política", em uma mensagem aos meios ultraconservadores que se opõem a ele.

"Agora que as sanções foram levantadas é hora de construir o país", acrescentou.

Rohani também afirmou que os que eram céticos sobre os benefícios do acordo nuclear "estavam equivocados".

"Apenas algumas horas depois da entrada em vigor do acordo, mais de 1.000 linhas de crédito foram abertas por diferentes bancos (estrangeiros), o que prova que os céticos estavam todos errados", disse em uma coletiva de imprensa.

As sanções internacionais afetaram gravemente a economia do Irã, um país de mais de 79 milhões de habitantes com grandes recursos petrolíferos e gasíferos.

Os meios econômicos internacionais estão prontos há vários meses para voltar ao Irã, que possui as quartas maiores reservas de petróleo do mundo e as segundas de gás. O Irã, um país da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), poderá voltar a exportar livremente seu petróleo.

Mas a perspectiva de um retorno do Irã a um mercado já saturado por uma oferta abundante, e com um preço do barril no chão, provocou neste domingo uma forte queda nas bolsas dos países petrolíferos do Golfo, em especial a da Arábia Saudita, a maior da região.

De qualquer forma, o acordo nuclear foi considerado em várias capitais uma vitória da diplomacia internacional, embora os Estados Unidos tenham destacado que permanecerão "vigilantes" para verificar que o Irã respeita seus compromissos nos próximos anos.

Neste domingo, o Tesouro americano anunciou novas sanções ligadas ao programa de mísseis balísticos de Teerã, dirigidas contra cinco cidadãos iranianos e uma rede de empresas.
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