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Obama chama Putin de 'sócio construtivo' e defende refugiados sírios

Thiago Vieira
Thiago Vieira
Publicado em 18/11/2015 às 8:19
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O líder americano avaliou que as relações com Moscou podem melhorar caso os russos concentrem seus ataques aéreos na Síria sobre o grupo jihadista Estado Islâmico. / Foto: AFP

O líder americano avaliou que as relações com Moscou podem melhorar caso os russos concentrem seus ataques aéreos na Síria sobre o grupo jihadista Estado Islâmico. Foto: AFP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, elogiou nesta quarta-feira o papel da Rússia nas negociações visando acabar com o conflito na Síria, e defendeu o acolhimento de refugiados sírios no território americano. 

Obama disse em Manila, onde assiste à cúpula anual da APEC, que a Rússia tem sido "um sócio construtivo em (conversações) Viena, ao tentar propiciar uma transição política", apesar de divergências sobre o futuro do presidente sírio, Bashar al Assad.

O líder americano avaliou que as relações com Moscou podem melhorar caso os russos concentrem seus ataques aéreos na Síria sobre o grupo jihadista Estado Islâmico.

Obama denunciou que há uma verdadeira "histeria" nos Estados Unidos em relação aos riscos para a segurança nacional com a chegada de refugiados sírios, e acusou a oposição republicana de fomentar esta situação.

"Não conseguimos tomar boas decisões baseadas na histeria ou no exagero de riscos", declarou Obama em Manila, acrescentando que os republicanos estão com medo de "viúvas e órfãos" de um país devastado por mais de quatro anos de guerra civil.

Quase metade dos governadores dos 50 estados americanos, junto com o presidente da Câmara de Representantes, o republicano Paul Ryan, pediram a Obama que suspenda o plano para admitir o ingresso de 10.000 refugiados sírios no ano fiscal corrente.

Depois dos últimos ataques em Paris, aqueles que se opõem ao programa argumentam que agilizar as chegadas - conforme prometido por Obama - levará à flexibilização dos critérios de segurança. Essa possibilidade é rejeitada por especialistas do governo.

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