Israel quer 'terminar o trabalho' em Gaza, apesar das críticas

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Israel quer 'terminar o trabalho' em Gaza, apesar das críticas

Amanda Miranda
Publicado em 31/07/2014 às 18:43
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2014/07/31/normal/7dcb919d67a5e0f09f87e5c4d0016036.jpg Foto: JC


Soldados israelenses na fronteiraFoto: AFP

"Um drone bombardeou nossa casa. As pessoas vieram nos ajudar e o drone bombardeou novamente. Três morreram", contou Mahmud Alyan, um enfermeiro de 23 anos de Beit Lahiya, que chegava ao hospital Al-Shifa, em Gaza, com um ferimento na barriga.

"Quero que o Hamas continue esta guerra, que expulse Israel de Gaza", acrescentou, enquanto corpos carbonizados chegavam ao hospital.

"A cada dois anos há uma guerra aqui, mas esta é realmente a pior", considerou seu amigo Iyad Salim, de 23 anos, que já tinha sido atingido durante a operação israelense de 2008.

KERRY - A Casa Branca reconheceu que há poucas dúvidas sobre a autoria israelense dos disparos contra a escola e considerou que esse bombardeio é "totalmente inaceitável e totalmente indefensável".

Os Estados Unidos também aceitaram um pedido de fornecimento de munições ao Estado hebreu, com o Pentágono reiterando o compromisso de Washington em "garantir a segurança de Israel".

Em relação à situação na Faixa de Gaza, o chefe da agência da ONU para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Pierre Krähenbühl, alertou que a população civil está "à beira do abismo" e lamentou o surgimento de epidemias.

Mais de 230.000 refugiados estão aglomerados em condições precárias nos 85 centros da agência em Gaza, sem energia elétrica e quase sem água e alimentos.

O Exército israelense, que perdeu 56 soldados, anunciou a destruição de cerca de trinta túneis subterrâneos, geralmente ligados entre si, enquanto especialistas israelenses falam de uma "Gaza embaixo de Gaza" de onde o Hamas ataca.

Desde o dia 8 de julho, o Exército israelense contabilizou cerca de 3.000 foguetes disparados em direção a Israel, que mataram três civis.

Pelo menos quatro foguetes foram destruídos em pleno voo na noite desta quinta-feira e outro provocou estragos em uma casa em Kyriat Gat, no sul de Israel, ferindo um civil, segundo o Exército.

O esforços diplomáticos foram retomados. Uma delegação israelense chegou ao Cairo, capital do Egito, para negociações. Nenhuma delegação palestina foi vista até o momento.

Em viagem à Índia, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que os Estados Unidos mantêm "a esperança" em um cessar-fogo e insistiu: "Quanto mais rápido, melhor".

E enquanto várias manifestações pró-palestinas foram realizadas em todo o mundo nas últimas semanas, milhares de pessoas se reuniram nesta quinta em Paris aos gritos de "Israel, legítima defesa" e "Hamas Al-Qaeda, mesma luta".

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