JUSTIÇA AMERICANA

Futuro de filha de pernambucana presa no Texas pode ser decidido nesta quarta

NE10
NE10
Publicado em 04/02/2014 às 20:39
Leitura:

A Justiça americana pode decidir nesta quarta-feira (5) sobre a guarda da garota Amy, de seis anos, filha da pernambucana Karla Janine de Albuquerque, de 43 anos, que está presa no Texas, EUA. Karla foi detida por descumprir ordem judicial da Flórida ao fugir com a filha, que teria sido agredida sexualmente pelo próprio pai. Esta será a terceira audiência sobre o caso, que deve começar às 13h (horário do Recife).

LEIA MAIS:
» Petição online pressiona justiça dos EUA
» Itamaraty concede registro de dupla cidadania para criança
» OAB-PE promete ajudar pernambucana
» Pernambucana permanece presa; nova audiência nesta quarta
» Pernambucana pode pedir dupla cidadania da filha
» Itamaraty não tem permissão para fazer contato com filha
» Pernambucana foge com filha e acaba presa nos EUA

Desde que Karla foi presa, no dia 16 de janeiro, a menina encontra-se no DCF, departamento similar ao Conselho Tutelar no Brasil. Na primeira audiência, realizada no dia 23 de janeiro, a defesa da pernambucana solicitou que a guarda fosse concedida temporariamente a um casal de amigos da mãe, norte-americanos e moradores do Texas. Segundo a família de Karla, uma equipe da Justiça fez a visita técnica e entrevistou o casal.

A segunda audiência ocorreu no dia 29 de janeiro, mas a decisão sobre a guarda não foi dada. De acordo com nota publicada na página criada pela família para acompanhar o caso, no Facebook, a audiência do dia 29 resumiu-se, basicamente, ao pedido de desaforamento do julgamento."De um lado, a advogada de Karla pediu para que caso fosse transferido para o TX (Texas), do outro, houve a solicitação para que permanecesse na FL (Flórida). Amy não participou dessa audiência, tampouco algum representante do Consulado Brasileiro em Houston". A decisão também ficou para a próxima audiência, nesta quarta.

SEM ADVOGADO - Apesar de o embaixador Isnard Penha Brasil Jr., que exerce a chefia do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores na Região Nordeste, ter informado à família de Karla e Amy que um advogado teria sido designado pelo Consulado para acompanhar o caso, a informação foi negada posteriormente pelo Itaramaty, em Brasília, que informou que designar advogados “foge do escopo do consulado”.
 
“Apesar de contar com advogado da área civil para defendê-la em relação à guarda de Amy, minha prima continua sem advogado criminal. A informação equivocada acabou prejudicando a nossa campanha para arrecadar recursos para as custas processuais. Um profissional cobrou cerca de US$ 35 mil para assumir o caso. Não temos esse valor”, explicou a prima de Karla, Isabelle Sarmento. 

PETIÇÃO – Familiares e amigos de Karla Janine criaram no último domingo (2) um abaixo-assinado online no change.org no intuito de pressionar a Justiça norte-americana sobre o caso. Até as 20h desta terça-feira (4), mais de 1.100 pessoas aderiram à causa. Por ser enderaçado a autoridades norte-americanas o texto é em inglês e representa uma carta que "simbolicamente" teria sido escrita pela garota Amy endereçada à primeira-dama Michelle Obama. "Nossa intenção é que o maior número de pessoas assinem a petição e essa carta, de fato, chegar ao conhecimento da senhora Michelle Obama", afirmou Isabelle Sarmento.

O CASO - Segundo os familiares de Karla, ela fugiu de casa, na Flórida, após sofrer violência doméstica por parte do ex-marido, que é americano, e constatar que a criança havia sido violentada por ele quando tinha apenas três anos de idade. A menina relatou o caso na escola, e exames constataram o abuso sexual. Patrick também está fichado no Departamento de Polícia da Flórida como “sex offender”. O termo define alguém que comete ou estimula atos sexuais com ou na presença de menores de 16 anos. Karla denunciou o ex-marido à Justiça. O processo foi arquivado e por isso ela teria fugido com a filha para o Texas.

DOAÇÕES - Os familiares de Karla criaram uma campanha para arrecadar recursos para as custas processuais. Contribuições podem ser feitas no site http://igg.me/p/653510, ou por meio de depósito na conta da mãe de Karla, Kátia Sarmento Martins de Albuquerque. (Banco Bradesco, agência 3201-8 / CC 0174551-4). Página no Facebook: Welovekarlamy.

Mais lidas