Cerca de 30 mil pessoas assistiram neste domingo, na Praça São Pedro, à cerimônia de beatificação de 498 mártires das perseguições religiosas da Guerra Civil espanhola (1936-1939).
Ao término da cerimônia, o Papa Bento XVI exortou os espanhóis a trabalharem pela "reconciliação e pela convivência pacífica"
A cerimônia foi realizada em espanhol e presidida pelo cardeal português José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, representante oficial do Papa.
Sob um sol não muito forte, centenas de religiosos e eclesiásticos cantaram hinos sagrados em espanhol. Nas primeiras filas estavam importantes representantes do governo, entre eles o ministro das Relações Exteriores, Miguel Angel Moratinos.
As presenças de Moratinos e de um dos autores da Lei de Memória Histórica na cerimônia no Vaticano foram consideradas "um gesto amistoso após fortes atritos" com a Igreja, segundo o jornal espanhol El País e deverá servir para pôs fim a qualquer polêmica com o governo socialista.
O desconforto com Igreja começou porque o governo de José Luis Rodríguez Zapatero apresentou uma lei para reabilitar as vítimas do regime do general Francisco Franco.
Fonte: Diário do Grande ABC com AFP
