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Buraco na camada de ozônio bate recorde, alerta ONU

Ne10
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Publicado em 03/10/2006 às 15:26
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O buraco na camada de ozônio sobre a Antártida superou as expectativas iniciais dos cientistas para este ano. Esperava-se que ele atingiria a segunda maior extensão já registrada e, em vez disso, empatou com o maior de todos os tempos, atingindo uma área de mais de 28,5 milhões de quilômetros quadrados, segundo nota divulgada nesta terça (3) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) da ONU.

A área desse "buraco" - uma perda na espessura da camada, durante o inverno do Pólo Sul - é a mesma registrada no ano recorde de 2000, de acordo com leituras da Nasa, disse Geir Braathen, especialista da OMM. Mas, segundo Braathen, a maior preocupação vem do fato de que o número de moléculas de ozônio presentes no buraco é ainda menor que o de 2000. Esse chamado "déficit de massa" é de 39,8 milhões de toneladas, de acordo com anúncio feito ontem pela Agência Espacial Européia.

"O déficit de massa é uma medida melhor... porque conta quantas toneladas de ozônio estão faltando", disse o especialista. Neste ano, o buraco "levará a mais radiação ultravioleta no solo". Excesso dessa radiação pode acusar câncer de pele e prejudicar as plantas que estão na base da cadeia alimentar. O enfraquecimento da camada de ozônio, que se deve principalmente a compostos químicos criados pelo homem, expõe a Terra a esses raios, emitidos pelo Sol.

Em um tratado assinado em 1997, a maioria dos países concordou em reduzir a emissão dos gases que atacam o ozônio, os CFCs. Cientistas prevêem que a camada irá se recuperar, mas os CFCs que já estavam na atmosfera quando o acordo foi assinado continuam a atuar. O buraco se forma nas condições de frio extremo que marcam o fim do inverno na Antártida desde meados dos anos 80. Geralmente, o buraco atinge sua extensão máxima em setembro.

Fonte: Agência Estado

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