Nesta sexta, os réus trocaram afetoFoto: Luiz Pessoa/ NE10
"O poder que Jorge exerce sobre as duas acusadas é de um poder e de uma veemencia tão grande senhores, que cartas eram enviadas dizendo: assuma, leia isso, faça isso", ressaltou o advogado, para sustentar a sua tese de que Isabel foi coagida. "Ela já vem cumprindo pena há 30 anos, desde que está com Jorge", disse o advogado, que falou por cerca de 35 minutos.
Por último, questionando se haveria vilipêndio, na tentativa de atenuar a pena da sua cliente - se for condenada - Paulo Sales, entrou em embate com a promotora. "Não sabe, está precisando estudar", disse Eliane Gaia, em meio à discussão.
A defensora pública de Jorge, Tereza Joacy, foi a última a tentar argumentar em favor do acusado no júri e, como os outros fizeram, retomou a sua tese inicial: de que o réu seria esquizofrênico e, por isso, não poderia ser condenado, tornando-se inimputável ou semi-imputável e podendo ser absolvido para receber uma medida de segurança para se tratar. Com essa argumentação, voltou a questionar o laudo de Lamartine, como o fez o advogado que a antecedeu na tréplica: "É abrir agora as portas da Tamarineira porque com esse psiquiatra não tem jeito". Tereza Joacy defende um tratamento para Jorge, alegando que ele precisa disso para poder voltar a viver em sociedade. Bruna voltou a se pronunciar, dizendo ser "muito normal" e foi repreendida pela defesa, já que poderia ser retirada da sala por isso. Depois, mostrou papel a Jorge.