Canibais confessam crimes, mas divergem nos depoimentos

https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2014/11/13/normal/ac63ed596ffbca317a3c9f48ff3f822a.jpg Foto: JC

Você atingiu o limite de conteúdos que pode acessar.

Canibais confessam crimes, mas divergem nos depoimentos

Amanda Miranda e Malu Silveira
Publicado em 13/11/2014 às 20:47
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2014/11/13/normal/ac63ed596ffbca317a3c9f48ff3f822a.jpg Foto: JC


Jorge Beltrão Negromonte é um dos acusados - Luiz Pessoa/ NE10
População acompanha chegada de acusados - Luiz Pessoa/ NE10
Juíza Maria Segunda está à frente do caso - Luiz Pessoa/ NE10
Paulo Sales, advogado de Isabel Cristina, uma das acusadas - Luiz Pessoa/ NE10
Promotora Eliane Gaia participa do julgamento - Luiz Pessoa/ NE10
Jorge Beltrão Negromonte é um dos acusados - Luiz Pessoa/ NE10
Tereza Joacy (de cabelo curto), defensora pública de Jorge Beltrão - Luiz Pessoa/ NE10
Isabel Cristina é esposa de Jorge Beltrão e também acusada - Luiz Pessoa/ NE10
Bruna Cristina Oliveira da Silva completa o trio de acusados de canibalismo - Luiz Pessoa/ NE10
Júri popular acontece no Fórum de Olinda - Luiz Pessoa/ NE10
Jorge Beltrão Negromonte é um dos acusados - Luiz Pessoa/ NE10
Isabel Cristina é esposa de Jorge Beltrão e também acusada - Luiz Pessoa/ NE10
Bruna Cristina Oliveira da Silva completa o trio de acusados de canibalismo - Luiz Pessoa/ NE10
Trio é acusado de matar, esquartejar e comer a carne do corpo de Jéssica Camila da Silveira Pereira, em maio de 2008. - Luiz Pessoa/ NE10
Delegado que conduziu o inquérito Paulo Berenguer - Luiz Pessoa/ NE10
Psiquiatra forense Lamartine Holanda descartou distúrbio mental nos acusados - Luiz Pessoa/ NE10
Os acusados confessaram os crimes durante as investigações da Polícia - Luiz Pessoa/ NE10
Canibais são acusados de mais dois assassinatos em Garanhuns - Luiz Pessoa/ NE10
Após o assassinato de Jéssica, Bruna assumiu a identidade dela - Luiz Pessoa/ NE10
O trio passou a criar a filha da vítima - Luiz Pessoa/ NE10

Durante as investigações, ficou comprovado que o trio pretendia continuar com os assassinatos. "Identificamos outras eventuais vítimas que poderiam ser mortas pelo trio, mas os planos foram interrompidos com a prisão dos três (em abril de 2012)", ressaltou Berenguer, afirmando também que não havia uma liderança e sim "uma individualização de conduta". Para o policial, a seita denominada O Cartel foi o modus operandi da execução. "Segundo relatos dos três, eles procuravam mulheres que não tinham nada de positivo para contribuir com a sociedade. Essas pessoas deviam ser eliminadas, assim suas almas seriam purificadas e, na vida terrena, a eliminação contribuiria com o controle populacional. O Cartel serviu para justificar o homicídio praticado. Acreditamos que esse homicídio foi planejado antes, durante e depois", explicou em depoimento.

O julgamento será retomado nesta sextaFoto: Guga Matos/ JC Imagem

Bruna foi a última a ser interrogada, em etapa que durou aproximadamente uma hora. Tranquila, ela provocou risos na plateia em vários momentos da sua fala. Um exemplo foi o momento em que a juíza questionou se ela havia feito coxinhas com carne humana e a acusada respondeu: "Está repreendido!". A acusada afirmou que ficou aterrorizada com os assassinatos, porém não os denunciou por amor e Jorge e também por temer pela própria vida.

RECESSO - Por volta das 19h, os interrogatórios acabaram e juíza titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Olinda, Maria Segunda Gomes de Lima, anunciou pausa para breve lanche dos jurados. Na volta, anunciou que, por pedido das partes, o Tribunal entraria em recesso e só voltaria com os trabalhos na manhã desta sexta-feira (14), a partir das 9h. Neste segundo dia, terá início a parte mais longa do júri, em que o Ministério Público e a defesa terão até nove horas para debater. Quem falará primeiro, em tempo máximo de duas horas e meia, é a promotora.

A fase de debate do julgamento continuará com a argumentação da defesa. Juntos, terão mais duas horas e meia para falar os advogados de Jorge, a defensora pública Tereza Joacy; de Isabel, Paulo Sales; e de Bruna, Rômulo Lyra, Isis Cordeiro Aires, Ianara Rodrigues e Hellanderson Wilker. Se o trio for condenado, a pena pode passar de 30 anos. Os crimes pelos quais respondem são homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e assegurar a impunidade de outros crimes), além de vilipêndio (agressão ao cadáver) e ocultação do corpo. Bruna ainda é acusada de falsidade ideológica, por ter assumido a identidade de Jéssica após a sua morte.

OUTROS CRIMES - O trio também é acusado de matar e esquartejar outras duas mulheres em Garanhuns, no Agreste pernambucano, onde os acusados também teriam feito comida com carne humana. Esses casos correm em segredo de justiça.

últimas
Mais Lidas
Webstory