Às vésperas do Carnaval, Recife vive madrugada de terror e onda de insegurança se espalha

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Às vésperas do Carnaval, Recife vive madrugada de terror e onda de insegurança se espalha

Cássio Oliveira
Publicado em 21/02/2017 às 9:05
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A investida ocorreu em meio a uma forte crise de segurança em Pernambuco, com troca de comandos das polícias no Estado. O clima fica ainda mais acirrado às vésperas de uma das maiores festas do Estado, o Carnaval - coincidentemente nesta terça-feira será feito o anúncio do esquema de segurança para a festa, que atrai milhares de turistas ao Estado.

Foi quando houve o segundo confronto com os criminosos. Três policiais militares ficaram feridos após o tiroteio. Jarbas de Arruda Cordeiro, 54 anos, levou um tiro no braço, enquanto José Wellington da Sáude, 31 anos, foi atingido na perna direita. Erisson Pedro Alexandrino, 40 anos, foi atingido por estilhaços na região da cabeça. 

Os três foram encaminhados ao Hospital da Restauração (HR), situado na área central da cidade e passam bem. Informações iniciais apontam que também há bandidos feridos. Entretanto, nenhum foi preso até o momento. 

O clima de insegurança em Pernambuco só aumenta

Os pernambucanos estão passando por maus bocados. Todos os dias novos relatos de assaltos à ônibus, bandidos tocando o terror em cidades do interior e cenas de guerra na Região Metropolitana. "Acordamos com os tiros, pensei que fosse guerra", disse uma moradora do Conjunto Ignez Andreazza, localizado na Avenida Recife

Até mesmo o Carnaval de Pernambuco deve sofrer uma baixa no quantitativo de foliões este ano devido a insegurança. É o que aponta um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commércio, divulgado no último sábado (18). A uma semana do início oficial da festa, segundo a amostra, 56,2% dos recifenses não pretendem participar da folia de momo. Deles, 44,4% temem a violência no período carnavalesco.

Nesta manhã, os moradores encontram os rastros da violência por toda a parte:

Com índices cada vez maiores de violência no estado, o governador Paulo Câmara mudou na sexta-feira (17) o comando das políciais civil e militar. O comandante da PM, coronel Carlos D'Alburqueque, e o chefe da Polícia Civil, delegado Antônio Barros, foram afastados dos cargos.

Só no mês de janeiro foram registrados 479 homicídios em Pernambuco, sendo 273 no interior, 136 na Região Metropolitana e 70 só no Recife. Em relação ao mesmo período no ano passado, o índice de assassinatos aumentou em 35%. Os números, divulgados pela Secretaria de Defesa Social, fazem parte de um novo modelo de informação sobre a violência no estado.

Agora, os dados não serão apresentados mais diariamente pela internet, mas uma vez por mês. A gestão justifica a medida como uma forma de esclarecer melhor os crimes violentos, verificando a real intencionalidade das mortes.

O aumento das taxas de desemprego e a operação padrão realizada pela Polícia Militar desde dezembro do ano passado foram apontados pelo secretário de planejamento, Márcio Stefananni, como fatores que teriam contribuído para o aumento das mortes violentas, que vêm crescendo mês a mês. Em novembro foram 406 casos e em dezembro, 472 assassinatos.

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