Um dia em homenagem àqueles que dão, sobretudo, amor

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Um dia em homenagem àqueles que dão, sobretudo, amor

Ana Maria Miranda
Publicado em 28/08/2015 às 13:09
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Aposentada Irene dos Santos, 83, é voluntária em três organizaçõesFoto: Ana Maria Miranda/NE10

Foi também a partir de uma experiência pessoal que a aposentada Irene dos Santos, 83, decidiu ser voluntária. O seu câncer foi tão agressivo que ela precisou fazer mastectomia e usa a história para ajudar outras mulheres que estejam passando pelo mesmo problema. "Me senti privilegiada de escapar do câncer, então prometi que enquanto estivesse viva, lutaria", explica. 

"Eu gosto de conversar, orientar, às vezes passo hidratante nelas, porque costumam perder a autoestima. Não é porque perde a mama que deixa de ser mulher. A melhor coisa é dar amor sem esperar recompensa", ensina. Além do HCP, dona Irene atua como voluntária na ACCD e na creche Paulo de Tarso, na Vila do Ipsep, Zona Sul do Recife.

A estudante de enfermagem Bárbara Tavares, 20, e o servidor público Bruno Bittencourt, 33, são os mais jovens do grupo. A moça decidiu ajudar após um amigo falecer durante o tratamento contra o câncer. "O jovem tem mais altivez, pode fazer muitas coisas ao mesmo tempo. É possível conciliar e se dedicar", opina ela. "Eu senti a necessidade de fazer o bem para alguém", completa o namorado Bruno. 

A manicure Elizabete Barbalho, 59, ainda se recupera de um câncer e, há seis anos, é voluntária no HCP. "Estou amando. Sou muito comunicativa e acho muito gratificante saber que estou ajudando alguém. Quando estava em tratamento, recebia carinho e dedicação dos voluntários, então faço agora do mesmo jeito", explica. A voluntária contou que certa vez uma paciente segurou sua mão e pediu para que ela não a deixasse só. "Foi de partir o coração, fiquei até ela dormir", revela.

Para Susana Leal, co-fundadora e membro do Núcleo Executivo Voluntário no Observatório do Recife, o voluntariado é importante porque "é uma oportunidade da sociedade contribuir com o desenvolvimento social". De acordo com ela, é uma questão de exercer o direito de cidadania. "A partir do momento em que a pessoa começa a contribuir com alguma entidade voluntariamente, esta entidade passa a contar com o trabalho dela", afirma.
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