Cliente presta queixa contra Bar do Neno após agressão racista de garçom

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Cliente presta queixa contra Bar do Neno após agressão racista de garçom

Amanda Duarte
Publicado em 07/07/2015 às 20:15
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2015/07/07/normal/71e81390b06b972d71814678299a2a47.jpg Foto: JC




Ainda na publicação, José Carlos, conhecido como Jc Marçal, conta que após a primeira rodada de chope, Fábio perguntou ao garçom se a próxima poderia vir sem tanto colarinho. O garçom negou o pedido de forma ríspida, dizendo que o chope do bar era daquele jeito. José ainda conta que os amigos ficaram "constrangidos e surpresos com a grosseria do garçom". "Então começamos a pedir cerveja, mas eu não destratei ele em momento algum", diz o empresário.

Na hora de pagar a conta, que somou R$ 450, os amigos decidiram por não desembolsar os 10% de serviço. "O garçom estava do lado de Fernanda, esposa de Jc Marçal, e questionou por que não íamos pagar. Ela explicou que ele tinha me destratado e não estávamos satisfeitos com o atendimento", destacou Fábio. Segundo a publicação, foi nesse momento que o garçom virou e xingou o empresário de "negro filho da p#!@"". Indignada, Fernanda, que ouviu o xingamento, exigiu a presença do gerente, mas foi informada que ele não estava no bar. O relato de João continua na rede social: "Quando decidimos sair, o garçom disse negro liso da p*%#", eu voltei e disse que iria abrir um processo contra ele e contra o bar. Eles debocharam: "Chama teus advogadozinhos." 

Colarinho - largo - do chope teria iniciado o caso que terminou com agressões verbais

Colarinho - largo - do chope teria iniciado o caso que terminou com agressões verbaisFoto: Isabella Valle/Acervo JC Imagem

"Estávamos muito transtornados, ficamos sem ação, não esperávamos que isso fosse acontecer", comentou Fábio. Além do BO, o advogado disse que vai denunciar a situação para o Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo do Ministério Público de Pernambuco, conhecido como GT Racismo. Sobre o garçom, ele espera que o bar tome as devidas providências em consideração aos clientes. "Eu quero que o garçom se eduque como pessoa porque ele não pode continuar fazendo isso. Em pleno século 21 é um absurdo conviver com o racismo", finaliza.

Procurados, os sócios do Bar do Neno e Bar do Lula se posicionaram em nota dizendo que repudiam qualquer forma de discriminação. O texto ainda traz um pedido de desculpas pelas ofensas denunciadas e garante que o caso está sendo analisado para que os fatos sejam esclarecidos. Confira a nota na íntegra:

"Tendo em vista a postagem veiculada pelo Srs. JC Marçal e Fábio Martins em nossa página, bem como os comentários que se seguiram, gostaríamos de reafirmar o nosso repúdio a qualquer forma de discriminação, preconceito, violência ou grosseria. 

Por princípios e convicções, ao longo de mais de 20 anos de atuação, sempre pautamos as nossas ações e orientamos os nossos funcionários a trabalhar com respeito e consideração a todas as pessoas, especialmente os nossos clientes, que são essenciais à nossa existência. Estamos trabalhando intensamente para esclarecer e compreender completamente os fatos relatados na aludida postagem, de modo a tratar adequadamente o assunto e os eventuais responsáveis pedindo, desde já, independentemente de qualquer conclusão a respeito, as nossas sinceras desculpas as pessoas mencionadas na aludida postagem, assim como a todos aqueles que tenham se sentido ofendidos."

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