Após tumor, soldado se torna o primeiro bombeiro cego do Brasil

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Após tumor, soldado se torna o primeiro bombeiro cego do Brasil

MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 16/04/2015 às 19:10
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Bombeiro dedica conquistas à família, que o apoiou no retornoFoto: acervo pessoal

No entanto, não era tão simples voltar a ser soldado. "O laudo disse que eu era inválido. Eu quis mostrar que eu apenas não exergava, mas podia fazer tudo. Podia dar palestras, ser transferido para a telefonia, não precisava estar no operacional, nas ruas. Mas a gente enfrenta muitos desafios e pessoas que não acreditam no nosso potencial", contou Sormany.

A busca pelo retorno ao trabalho durou quatro anos e contou com a criação de uma lei estadual, sancionada pelo então governador Eduardo Campos. "Minha esposa conseguiu entregar uma carta para Eduardo Campos e eu conversei com ele para mostrar a situação e que eu não sou incapaz. Agradeço muito à minha família pelo apoio", ressaltou ele que é casado e pai de dois filhos, sendo uma garota de 19 anos e um rapaz de 17.

O decreto de 2013 prevê que qualquer bombeiro ou policial civil ou militar, que sofra um incidente que o torne deficiente, pode voltar às atividades em uma nova função, caso tenha esse interesse. No caso de Sormany, essa volta aconteceu somente no final de 2014 e agora ele ministra palestras nas escolas, além de trabalhar como telefonista e despachante no Grupamento de Bombeiros de Garanhuns, no Agreste do Estado.

 

Volto a compartilhar mas uma vitória alcançada; Hoje sou Cabo e louvo a Deus por mais esta conquista, pois só Ele é que nos sustenta e nos fortalece a cada dia. Obrigado Senhor!!!Posted by Gil Sormany Beserra on Domingo, 12 de abril de 2015


Sormany ministra palestra em escolas e exerce outras funções no CB

Sormany ministra palestra em escolas e exerce outras funções no CBFoto: acervo pessoal

"Fiz isso tudo não só por mim, mas por todos que se encontrem na mesma situação que eu. Não aceito que uma deficiência física me segregue dentro da Corporação, que me transforme numa pessoa inútil. As pessoas e instituições precisam melhorar, elas não estão preparadas para o diferente. Quero ser respeitado como profissional e como ser humano", avaliou Sormany.

Para fechar essa caminhada pela (re) inclusão no Corpo de Bombeiros foi coroada com mais uma conquista. Gil Somany frequentou e concluiu o Curso de Habilitação de Cabo sendo promovido a nova graduação. Ele ainda será homenageado em solenidade no Centro de Convenções, na próxima segunda durante a formatura.
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