Animais morreram vítimas de envenenamento por chumbinhoFoto: Rodrigo Carvalho/JC Imagem
Outra ação solicitada pelo MPPE é a adequação dos recintos dos animais, com o objetivo de garantir que cada espécie seja mantida em um ambiente que reproduza seu habitat fora do cativeiro, sem sujeira, lixo ou mofo que possam colocar em risco a saúde dos animais. A reforma deve garantir, ainda, a substituição das grades e telas de proteção por material que faça o isolamento dos recintos sem representar risco aos animais e ao público.
Por fim, para evitar que tornem a ocorrer casos de morte de animais por envenenamento, como os apurados pela Delegacia de Polícia do Meio Ambiente entre 2009 e 2012, o MPPE solicitou à Justiça que a Semas amplie o número de câmeras de monitoramento, além de implementar e reforçar procedimentos de segurança. “Os inquéritos policiais instaurados para investigar a morte criminosa por envenenamento de animais do parque de Dois Irmãos foram concluídos sem o indiciamento dos autores devido à falta de provas, pois a identificação foi dificultada pela ausência de câmeras de vigilância nos recintos dos animais”, acrescentou Ricardo Coelho.
O CASO - A 12ª Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico-Cultural da Capital abriu um inquérito civil em 2012 para investigar as circunstâncias em que ocorreram os casos de envenenamento de animais no Parque Estadual Dois Irmãos. Segundo a Polícia Civil, entre os anos de 2009 e 2012 foram vitimados dois veados, um tubarão, um antílope, um hipopótamo, um jacaré de papo-amarelo, um cervo, um cangambá, um macaco bugio, um macaco cuxiú e um emu (semelhante à avestruz). Segundo laudos periciais, os animais morreram após ingerir alimentos com chumbinho que foram arremessados para dentro dos recintos.
Em audiência pública realizada no mês de maio de 2013, a Semas informou ao MPPE que já existia projeto de reforma para o Parque de Dois Irmãos, a ser implementado em três etapas, sendo a primeira delas iniciada ainda naquele ano.