Mulher chegou a desmaiar durante tumulto Foto: Guga Matos/JC Imagem
Em conversa com a reportagem do NE10, duas mulheres que preferiram não ser identificadas, denunciam irregularidades nos dias de visitas aos detentos, como confisco de alimentos e maus-tratos a crianças que também visitam o complexo prisional.
Uma das mulheres disse que o marido foi condenado a 2 anos e 4 meses de reclusão por assalto. Tendo cumprido 1 ano e 5 meses da pena, não consegue ter acesso à progressão para o regime semiaberto por causa da burocracia jurídica. Outra, que tem o marido preso por tentativa de homicídio na unidade prisional Marcelo Francisco de Araújo, também denuncia que a burocracia impede a progressão de regime do seu companheiro.
O motivo da rebelião dos detentos das três unidades prisionais do complexo é exatamente uma maior celeridade no julgamento dos processos.
Depois do anúncio do fim da rebelião por parte da Secretaria de Ressocialização do Estado, alguns familiares disseram ter visto ainda detentos nus sendo espancados por policiais. Por volta das 22h, disseram ter visto presos ateando fogo no local. A Seres, no entanto, nega a informação.