O dólar negociado à vista no balcão fechou em baixa de 0,62%, aos R$ 3,3863 Foto: Reprodução
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O alívio político veio de duas frentes que, na semana passada, trouxeram tensão para o mercado e levaram o dólar à forte alta na sexta-feira.
Uma delas foi tom mais ameno adotado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, depois de acusar o presidente Temer de tráfico de influência para favorecer interesses pessoais do ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. Em entrevista, Calero confirmou que gravou conversas com Temer, mas ressaltou que isso ocorreu em "apenas uma única conversa protocolar", minimizando preocupações de que os áudios poderiam conter provas contra o peemedebista.
Também foi bem recebido pelos agentes de câmbio o pacto entre Temer e os presidentes do Poder Legislativo, Renan Calheiros (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara), para barrar proposta de anistia a crimes de caixa 2 em campanhas eleitorais no pacote anticorrupção. A anistia, caso aprovada, seria vista como potencial fagulha para estourar protestos pelo País, o que dificultaria o trabalho do governo para aprovar medidas impopulares, com a reforma previdenciária.
Ambiente externo
O ambiente externo também favoreceu ativos de mercados emergentes, como o real. O avanço dos contratos futuros de petróleo abriu caminho para um desempenho positivo entre os emergentes. No final da tarde, a queda do dólar frente ao peso mexicano era de 0,19% e o Dollar Index recuava 0,15%. Hoje, nas mínimas, o dólar à vista chegou aos R$ 3,3836.