A saída de dois ministros e acusações contra Temer levou a divisa norte-americana aos R$ 3,4663 (+2,14%) Foto: Fotos Públicas
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O início do dia foi de estresse, com o dólar nas máximas. Os ativos nacionais reagiram à notícia de que o presidente Michel Temer teria sido acusado de tráfico de influência pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Em depoimento à Polícia Federal, Calero teria dito que foi "enquadrado" pelo presidente depois de ser pressionado pelo então ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Viera Lima, para liberar o desenvolvimento de um projeto imobiliário na Bahia.
Demissão de Geddel
Intensificada a crise em Brasília, Geddel pediu demissão do cargo, trazendo alguma amenização na alta do dólar. A leitura entre especialistas é que o pedido de demissão de Geddel alivia, mas não encerra a crise política em Brasília. A demora do Planalto em tomar uma decisão mais definitiva alimentou preocupações sobre a capacidade do governo em lidar com temas delicados, como poderá ser o caso da reforma previdenciária.
A turbulência na capital pode ser amplificada pelo ambiente de tensão, trazido pelas discussões de parlamentares sobre anistia à prática de Caixa 2 e pelo acordo de delação premiada da Odebrecht.
Hoje, mesmo diante da crise política, o Banco Central se manteve ausente do mercado de câmbio. Parte do mercado acreditava que a autarquia poderia anunciar leilão de swap tradicional hoje de modo a aliviar a pressão; no entanto, com a atenuação do movimento no câmbio, essa expectativa foi perdendo força.