Preços altos nos supermercados assustam consumidores recifenses

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Preços altos nos supermercados assustam consumidores recifenses

Rebeca Montenegro
Publicado em 29/07/2016 às 14:00
https://imagens4.ne10.uol.com.br/ne10/imagem/noticia/2016/07/29/normal/7463babaf0f39f59acd3a11a0c19a42d.jpg Foto: JC


Alternativas para gastar menos com os alimentos

Fabíola destaca dificuldades em comprar itens como queijo, manteiga, leite e frutas, mas concorda que o feijão é o campeão de reclamações. "Tenho dois filhos pequenos que comem todo dia feijão e agora a gente tá se controlando, tá comprando só o que precisa mesmo. Só o necessário", relata. A vendedora Lúcia Alves também costuma pesquisar preços em supermercados diferentes, mas o resultado não tem sido positivo. "Eu substituo o feijão mulatinho pelo preto, faço pesquisas, faço de tudo para economizar. Mas o pior é que tá tudo a mesma coisa em todos os lugares. Aumentou em todo canto", comenta. 

Além de pesquisar e comparar preços, consumidores estão buscando novas alternativas nos lugares de compra. É o caso da empregada doméstica Ione Rodrigues, que frequenta o mercado público de Água Fria, na Zona Norte do Recife. "Aqui no supermercado até tem coisas que dá para comprar, mas outras coisas saem um pouco mais caras. Lá em Água Fria eu sempre economizo mais. As coisas simples como arroz, feijão, café, tudo é mais barato lá", compara Ione, que chega a gastar de R$ 200 a R$ 400 no mercado público, mas sempre sai com "uma feira enorme". 

A professora do curso de Economia Doméstica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Laurileide Barbosa, tem uma sugestão que pode parecer inusitada. Que tal reunir vizinhos e familiares para uma compra coletiva? "Supermercados que vendem por atacado têm um preço menor. Se você não tiver espaço para armazenar na sua casa, você pode fazer compras coletivas, ganhando descontos por estar comprando o produto em grande quantidade", explica. Estocar os alimentos também é uma boa saída para economizar. "Você pode evitar comprar o alimento caro agora, esperar baixar um pouco o preço e comprar em grande quantidade", indica Laurileide.

O mais importante na hora de consumir, porém, é sempre se programar. "Muitas pessoas não se planejam e, às vezes, compram algo que não vão consumir", comenta a professora. Fazendo um planejamento financeiro e pesquisando alternativas mais baratas, o consumidor pode contornar a chamada "crise do feijão" e não precisar substituir o querido mulatinho. 
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