O mercado acelerou as compras após a divulgação do déficit primário nas contas do governo central Foto: Reprodução
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A nova queda do petróleo também pesou, uma vez que a commodity passou a acumular perdas em julho ao redor de 14% em Londres e de 16% em Nova York. Além disso, há desconforto pela espera há mais de 15 dias por eventual anúncio de estímulos em economias desenvolvidas, além de medidas concretas de ajuste fiscal do governo brasileiro.
No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,83%, aos R$ 3,2943. O volume financeiro negociado somou cerca de US$ 1,446 bilhão. Na BM&FBovespa, o dólar para agosto encerrou aos R$ 3,290 (+0,72%) e com giro de negócios de US$ 14,199 bilhões.
"O dólar ganhou impulso após a divulgação das contas do governo pelo Tesouro, que foram as piores da série histórica para o mês de junho", disse João Corrêa, superintendente regional da SLW corretora. Segundo ele, teve player já trabalhando também para a formação da Ptax de amanhã e há nas mesas de operação uma certa insatisfação com a equipe econômica, já que nada mudou em relação ao ajuste fiscal.
O operador Durval Corrêa, da Multimoney Corretora, disse que pode ter ocorrido saída de estrangeiro da bolsa e compras de dólares. "Agosto, que começa na próxima segunda-feira, será um mês parado em razão das férias no Hemisfério Norte e alguns investidores também podem já estar fazendo reforço de caixa em dólar", afirmou.
Para o economista-chefe da Guide Investimentos, Ignácio Crespo, a alta do dólar expressa desconforto diante da espera por medidas capazes de sinalizar alguma reversão no horizonte para o déficit fiscal do governo. Já do lado externo, na avaliação de Crespo, há certa frustração porque o recente ciclo de alta das bolsas se apoiou na aposta em novos estímulos, que até o momento não foram anunciados, disse ele. Amanhã, o Banco Central do Japão encerra sua reunião de política monetária em uma ambiente de grande expectativa por novidades. Desde o começo do mês, o governo japonês vem cogitando a possibilidade de adoção de medidas fiscais, mas por enquanto nada foi confirmado.