Com pequenos negócios, empreendedores conseguem faturar em plena crise


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Com pequenos negócios, empreendedores conseguem faturar em plena crise

Priscila Miranda
Publicado em 25/05/2016 às 15:05


DA COZINHA À VENDA - Sem funcionários, Heloisa faz tudo sozinha para garantir o sucesso da Cocada na Kenga Foto: Priscila Miranda/NE10

O esforço tem garantido a Heloisa uma venda de 500 a 600 unidades por mês. “A ideia é entrar na área de turismo e hotéis. Também quero montar a empresa de fabricação de cocada. A gente tem que ter força de vontade de vencer, nada é fácil. Mesmo o mercado estando em crise, podemos superar”, diz.

Para se formalizar como um microempreendedor individual, o interessado deve se dirigir ao Sebrae portando a documentação necessária - número do CPF, carteira de identidade (RG), comprovante de endereço (residência ou do local onde irá funcionar o negócio), número do título do eleitor ou a última declaração do imposto de renda, caso exista. “A pessoa já sai daqui com o número do CNPJ e todos os direitos garantidos pela Previdência Social. Além disso, nós também orientamos o empreendedor para que ele adeque o negócio à sua realidade financeira. Não é preciso ter capital alto para começar. Muitas pessoas iniciam seu projeto com pouco dinheiro, mas vão conseguindo se capitalizar com o tempo, a partir das compras e vendas que realizam de maneira inteligente”, afirma o analista de orientação empresarial do Sebrae Valdir Cavalcanti. 

EMPREENDEDOR INDIVIDUAL X MICROEMPRESA – O consultor alerta que, tendo consciência do quanto será investido no projeto, a pessoa deverá delimitar o tamanho do negócio que irá começar. Quem deseja se tornar um microempreendedor individual, por exemplo, precisa saber que os retornos são limitados. “Durante o ano todo, ele só pode faturar no máximo R$ 60 mil, o que dá uma média de R$ 5 mil por mês. Passando desse valor, de acordo com a Lei do MEI, o negócio passa a ser automaticamente uma microempresa, que pode faturar até R$ 360 mil”, comenta. Outra facilidade do microempreendedor individual é o não recolhimento do imposto de renda [compare com as especificidades de microempresa abaixo]. “Há uma taxa mensal de R$ 44 que já inclui o imposto estadual, municipal e o recolhimento do INSS”, afirma Valdir. 

Um exemplo de microempresa que tem dado certo é a franquia recifense Coxinha no Pote. Em janeiro, o empresário Victor Barros, junto com o pai, montou uma loja da marca no centro de Camaragibe, Região Metropolitana do Recife, especializada na venda do salgado. Eles investiram quase R$ 100 mil. “A gente já tem outra empresa na área de distribuição, setor industrial, mas tivemos a ideia de abrir outro pequeno negócio. Apesar de toda a crise, percebemos que o setor alimentício sente menos o impacto”, afirma o empresário.

Faturando de maneira mais que positiva nesses quase seis primeiros meses de abertura do estabelecimento, Victor já vai abrir uma nova unidade, no final de junho, na cidade de Paulista, também no Grande Recife. “Temos conseguido bons resultados. Claro que mediante muita divulgação do produto, planejamento, organização e desenvolvimento do negócio”, avalia.

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