O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reconheceu nesta quarta-feira que o custo do crédito no Brasil ainda é alto, mas que medidas estão sendo tomadas para reverter a situação. "Muito já foi feito. Muito está sendo feito. Muito há que se fazer. Estamos abertos ao debate", disse ao participar da última reunião do ano do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto.
Meirelles apontou a inadimplência como um dos problemas que eleva o custo do crédito. De acordo com ele, um índice de inadimplência de 10% gera aumento de 10% para 22,22% na taxa de remuneração das operações. Além de elevar em 12,22 pontos percentuais o spread bancário, disse.
Ele lembrou medidas implementadas pelo governo para estimular a concorrência e reduzir o custo do crédito: as cooperativas de crédito de livre admissão, ampliação dos correspondentes bancários e implementação do Sistema de Informações de Crédito – Nova Central de Risco.
O presidente do BC ressaltou ainda que o crédito consignado, descontado em folha de pagamento, está crescendo muito mais que o livre (não tem vinculação com nenhuma atividade) e está permitindo à massa trabalhadora ter acesso ao crédito. Esse tipo de crédito cresceu 50% este ano, segundo informou o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Fonte: Agência Brasil