No Dia do Rio, grupo recolhe centenas de quilos de lixo do Capibaribe

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No Dia do Rio, grupo recolhe centenas de quilos de lixo do Capibaribe

Gustavo Belarmino
Publicado em 24/11/2014 às 15:22
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Comerciário Alexandre Simões concorda que o rio poderia ser utilizado melhor sem lixoFoto: Ana Maria Miranda/NE10

Segundo Camila, um dos malefícios da sujeira é a presença de metais pesados em alguns dos objetos, como equipamentos de computador, que prejudicam a fauna do local: "O mangue retém esses materiais para que eles não cheguem na água do rio. Os animais que vivem aqui, como a capivara - que dá nome ao rio mas ninguém vê mais - se alimentam do lixo, ou se prendem em sacolas plásticas e acabam morrendo".

De acordo com a professora Simone, estes componentes podem acabar voltando de forma perigosa para os seres humanos: "Aqui tempos as comunidades ribeirinhas e pesqueiras, que acabam consumindo ou pegando para vender alimentos de qualidade duvidosa, como sururu, ostra, que volta para você".

Foi difícil para o comerciário Alexandre Simões, 35 anos, passar sem reparar uma pequena fração do que é despejado diariamente do rio. "Quem é que quer ver sujeira? Esta é uma boa iniciativa para mostrar que cada um pode fazer a sua parte", pontuou. Segundo Simões, uma limpeza do Capibaribe poderia trazer muias vantagens para o turismo, por exemplo, e se poderia navegar no rio: "Eu não me lembro, talvez já tenha até jogado alguma coisa. Agora é que estou me conscientizando".

"É um trabalho de formiguinha. A gente aborda as pessoas e explica a elas o que é nosso projeto, algumas chegam e se interessam para conversar também", explica a bióloga Vanessa Rodrigues, 30, que estava na fundação do Prosa. Ainda de acordo com Vanessa, o projeto também realiza palestras de conscientização em comunidades do Recife. "Temos alguns bairros fixos, já passamos por Brasília Teimosa, Santo Amaro... A gente também vai para onde chamar".

O estudante de engenharia Daniel Mariense, 22, também passou pelo local e concordou que é preciso mudar a forma de agir em relação ao meio ambiente: "É a gente mesmo que está fazendo isso aqui. Infelizmente as coisas só funcionam quando chocam".

Lixo retirado do Capibaribe foi colocado na Ponte Duarte Coelho para chamar a atenção dos transeuntes - Ana Maria Miranda/NE10
Sandálias, garrafas e objetos de plástico foram encontrados durante 1h30 de coleta - Ana Maria Miranda/NE10
Placas foram colocadas ao longo da ponte para chamar a atenção - Ana Maria Miranda/NE10
Prosa tem como objetivo sensibilizar as pessoas - Ana Maria Miranda/NE10
Capibaribe é um dos rios que cortam o Recife - Ana Maria Miranda/NE10
Um boneco do personagem Cascão, da Turma da Mônica, famoso por não gostar de tomar banho, foi encontrado - Ana Maria Miranda/NE10
Diversas sacolas de lixo também foram postas na calçada - Ana Maria Miranda/NE10
Alunos e ex-alunos da UPE fizeram anotações registrando o que encontraram - Ana Maria Miranda/NE10
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