Internautas de outras cidades pernambucanas também relataram ter visto a luz forte no céu. Jaderson Ebla, de Palmares, visualizou o clarão e disse que parecia um relâmpago. “Eu estava na calçada de casa com amigos aqui em Caruaru , até então parecia ser um relâmpago , mas achamos estranho porque o clima não está para chuva e muito menos fez o som de um relâmpago depois” relatou o internauta Bruno Henrique.

Rayssa Matis foi mais específica e procurou na meteorologia uma explicação: “O clarão... É um detrito do cometa Halley, que se assemelha ao brilho de uma estrela cadente, só que com uma incidência de luz maior, é o anúncio da bela chuva de meteoros Orionídeas, que acontecerá de hoje (15) até o dia 21, ela é mais visível na madrugada, após às 00:00 horas”. “Eu viii, era uma bola de fogo enorme faiscando para tudo quanto é lado, fiquei com medo rsrs, bem na hora eu consegui ver!!!”, respondeu Hildebrando Gomes.

JC ONLINE - Em resposta ao Jornal do Commercio, a Agência de Águas e Clima, Apac, informou que não faz registros de descargas atmosféricas (raios). Já a Sociedade Astronômica Do Recife colocou um post no Facebook pedindo informações a quem por ventura tivesse testemunhado a passagem de um "bólido" (bola de fogo) no céu.

Uma explicação possível é tratar-se de um meteoro. Todos os anos, entre os dias 15 e 29 de outubro, a Terra passa por um grande fluxo de detritos deixados pelo famoso cometa Halley, que é o responsável por uma chuva de meteoros denominada Orionídeas. A área da terra onde fica mais visível é exatamente próxima ao Equador, onde fica a constelação de Orion (o Cinturão de Orion é popularmete conhecido como "As Três Marias"). Os dados são do site Galeria do Meteorito. 

Ainda segundo o site, na noite de 12 de outubro, uma câmera da Nasa detectou um pedaço do cometa Halley se desintegrando na atmosfera sobre o Novo México, nos Estados Unidos. A bola de fogo era tão brilhante que foi possível vê-la mesmo com a grande luminosidade da Lua! Múltiplas câmeras seguiram o meteoróide, o que permitiu o cálculo de sua trajetória. Segundo especialistas, ele atingiu a atmosfera da Terra a 68 quilômetros por segundo e se desintegrou a 67,9 km acima da superfície.