Emoção

Padre nega ter extorquido ex-internos da Febem

Publicado em 03/11/2007 às 13:45
Leitura:

O padre Júlio Lancelotti negou nesta sexta-feira ter extorquido ex-internos da Febem com recursos desviados de ONGs e afirmou que não manteve relações sexuais com Anderson Marcos Batista. As declarações foram dadas para aproximadamente 200 fiéis que saíram da Paróquia São Miguel Arcanjo, da qual ele é pároco, e foram à casa do religioso, na Mooca, Zona Leste de São Paulo.

Emocionado e em tom de desabafo, o padre se defendeu das acusações feitas por Anderson Marcos Batista e Conceição Eletério, que estão presos. “Eu nunca tive acesso a nenhum recurso da entidade Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, sou apenas conselheiro. Também não tenho acesso as contas da Casa Vida”, afirmou o padre.

Em agosto, o religioso procurou a polícia para acusar os ex-internos de extorsão. Segundo ele, Batista e Conceição Eletério receberam cerca de R$ 80 mil. Lancelotti afirma que entregou o dinheiro por medo de ser agredido pelo grupo. Batista afirmou que fez sexo com o padre em troca de dinheiro, e recebeu cerca de R$ 600 mil em oito anos.

Atualmente, três inquéritos sobre o caso estão em andamento: extorsão, enriquecimento ilícito (contra o ex-interno Anderson Batista), e o de corrupção de menores (contra Lancelotti). Após a denúncia de extorção, o religioso solicitou que a polícia fizesse escutas telefônicas em sua residência.

“Disseram que eu tinha um relacionamento com uma dessas pessoas. Se eu tivesse (um relacionamento homossexual) por que eu gravaria? Ele poderia em qualquer momento da gravação dizer: e o nosso caso?”, disse Lancellotti, referindo-se às escutas.

Entre os presentes no pronunciamento, estavam fiéis batizados pelo padre, casais cujos casamentos foram celebrados pelo pároco, representantes do PT e de movimentos sociais.

Fonte: Diário do Grande ABC

Mais lidas