O pistoleiro Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, assassino confesso da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, alegou hoje (22) diante do Tribunal do Júri, no segundo julgamento, que matou a freira em "legítima defesa". Ela defendia a reforma agrária no Pará e vinha denunciando a devastação da floresta amazônica quando foi morta.
O acusado foi condenado em dezembro de 2005 a 27 anos de prisão em regime fechado. Contudo, a lei brasileira permite que condenados cujas penas ultrapassem 20 anos de prisão tenham o direito a se submeterem a um novo julgamento.
"Eu estava fazendo o plantio de capim no PDS Esperança e a irmã Dorothy disse que, de um jeito ou de outro, eu ia retirar aquele capim de lá", declarou Sales ao juiz Raimundo Moisés Flexa durante interrogatório. Cerca de 90 agricultores de Anapu, onde a missionária foi morta, vieram para o julgamento, cujo resultado deve ser anunciado até o fim do dia de hoje.
Fonte: Agência Estado