Sebo, bazar e troca-troca: estratégias para economizar nos livros didáticos

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Sebo, bazar e troca-troca: estratégias para economizar nos livros didáticos

Ana Maria Miranda
Publicado em 16/12/2015 às 15:56
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Praça do Sebo, na área central do Recife, reúne lojas de livros novos e seminovosFoto: Ana Maria Miranda/NE10

Nesse comércio popular, o movimento de compras para a volta às aulas só deve aumentar no fim de janeiro e início de fevereiro, segundo os vendedores. Além da conhecida praça, também há quiosques com livros usados na Dantas Barreto, com preços médios de R$ 70 para os volumes mais novos, dependendo da edição e do estado do livro. Já os de edições antigas podem ser comprados em sebos por um valor bem mais barato. Na loja Recanto dos Alfarrabistas, por exemplo, é possível comprar edições por apenas R$ 10.

Como os sebos também compram e trocam livros, é possível que os próprios alunos repassem o material. Foi o caso de Gilsiane Dellys, 18 anos, que encerrou o ensino médio no ano passado e levou cerca de 10 livros na manhã desta quinta (16) para tentar vender. "Acho muito interessante fazer isso", opina.

Sebos oferecem diversas opções de livros novos e usados - Ana Maria Miranda/NE10
Mãe de Yasmin, 7 anos, foi fazer pesquisa de preço para material didático - Ana Maria Miranda/NE10
Mãe de três filhos, Mara sempre comprou livros do colégio em sebos - Ana Maria Miranda/NE10
Livro Oficina de Redação, do 6º ano, é vendido por mais da metade do preço no sebo - Ana Maria Miranda/NE10
Saldão em sebo oferece preço de R$ 10 em livros didáticos - Ana Maria Miranda/NE10


REPASSE NA ESCOLA - Com a crise econômica, se espalha a ideia de promover bazares, que podem contribuir na economia na hora de comprar o material. Pensando nisso, a funcionária pública Izabel Mello, 37, reuniu no Facebook um grupo de mães do Colégio Damas, na Zona Norte do Recife, para negociar livros paradidáticos. Intitulado "Bazar de Paradidáticos Recife", o grupo serve para compartilhar fotos e fazer ofertas sobre os livros.

Criado na semana passada, a comunidade já reúne mais de 60 pessoas, agora também com famílias de alunos de outras escolas. "Eu já fiz troca com algumas mães e gostei; então tive essa ideia de ajudar outras mães", afirma Izabel, que tem um filho no infantil I e uma filha no 3º ano do ensino fundamental. Os livros - que quase não são usados por não serem consumíveis (sem exercícios que façam o aluno escrever neles) - custam 50% menos do que o preço das livrarias.

Outra opção de compartilhamento de materiais pode vir de uma atitude da própria escola, como acontece no Colégio Apoio, no bairro Parnamirim, também na Zona Norte. Antes com doações pontuais entre pais, mães e funcionários da instituição de ensino, este ano o colégio decidiu fazer uma ação maior com o objetivo de ter mais adesão. Durante esta semana, os responsáveis podem entregar livros e fardamento que não serão mais usados por seus filhos.

"Pedimos que os materiais estejam em boas condições. Nós temos a preocupação de passar pelo menos três anos com o mesmo autor [para que seja possível o repasse]", afirma a diretora pedagógica e financeira do Colégio Apoio, Terezinha Cysneiros. De acordo com ela, as doações serão organizadas por série e tamanho para que haja a troca ou doação nas próximas segunda e terça-feiras (21 e 22). Os filhos de funcionários do colégio também podem ser contemplados pelas doações de material. Segundo Terezinha, não há como afirmar qual será o resultado da ação, uma vez que esse formato é novo. Porém, o colégio espera que dê certo para que os materiais sejam aproveitados.

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