Outubro Rosa

Um mês para reforçar a importância da prevenção ao câncer de mama

Mayra Cavalcanti
Mayra Cavalcanti
Publicado em 01/10/2015 às 15:26
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Mulheres a partir dos 40 anos devem fazer a mamografia uma vez por ano / Foto: Alexandre Belém/Acervo JC Imagem

Mulheres a partir dos 40 anos devem fazer a mamografia uma vez por ano Foto: Alexandre Belém/Acervo JC Imagem

Um mês de combate e prevenção ao câncer de mama no mundo inteiro. Essa é a definição do Outubro Rosa, movimento que tem início nesta quinta-feira (1º de outubro), que busca alertar a população feminina sobre as formas de tratamento e exames preventivos que podem e devem ser feitos pelas mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres e são esperados 57 mil novos casos da doença no País em 2015.

Em Pernambuco, apenas no ano passado, 216 mulheres faleceram em decorrência do câncer de mama. Além disso, o Estado figura no topo da lista de maior incidência da doença no Nordeste. Os dados são alarmantes, mas reforçam a importância da prevenção, que deve ser feita todos os anos por mulheres acima dos 40 anos. Desde cedo, a mulher deve criar o costume de fazer o autoexame nas mamas e, caso perceba qualquer característica anormal, procurar um médico. 

São três segundos que podem salvar uma vidaDenise Sobral, mastologista, sobre o autoexame

"No Outubro Rosa nós destacamos a grande importância das mulheres buscarem fazer a prevenção do câncer do mama, buscando um diagnóstico precoce da doença, aumentando as chances de cura", ressalta o oncologista e diretor do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) Fábio Malta. De acordo com o médico, é importante que, além da prevenção, a mulher mantenha hábitos de vida saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos, não ingerir bebida alcoólica e não fumar. 

O oncologista destaca que as mulheres devem ficar atentas aos sintomas, que envolvem tumorações, alteração da coloração em volta da mama ou do mamilo e secreção, por exemplo. "O número de diagnósticos tem aumentado ao longo dos tempos e nossa preocupação é que as mulheres tenham um diagnóstico precoce, oferecendo chances de curas cada vez maiores", alerta.

Em resposta à internauta @AdrianaCVcastro, que perguntou através do Periscope, por que as mulheres devem fazer a mamografia aos 40 anos, a oncologista Cristiana Tavares esclarece que a idade é estipulada devido à maior incidência do câncer de mama a partir desta faixa etária. No entanto, as mulheres que têm histórico da doença na família podem realizar o exame a partir dos 30 anos. "Outro fator que influencia na idade para a realização da mamografia é a densidade da mama. Como as mamas mais jovens são muito densas, é preciso que a mulher faça também a ultrassonografia", acrescenta Cristiana.

O Outubro Rosa foi criado nos Estados Unidos, na última década do século 20. O nome do movimento remete à cor do laço, que é símbolo da campanha no mundo.

PREVENÇÃO 

- Os principais sinais de alerta são os nódulos, caroços, secreção nas mamas, enrugamento ou afundamento da pele e vermelhidão. 

- É importante saber que as dores mamárias raramente estão associadas ao câncer, mas às alterações hormonais ou emocionais.

- A mamografia é a maneira mais segura de identificar nódulos muito pequenos, ainda imperceptíveis ao toque das mãos. 

- Todas as mulheres acima dos 40 anos devem fazer mamografia todos os anos; o diagnóstico precoce ainda é a melhor forma de garantir um tratamento com altas chances de cura.

FATORES DE RISCO

- Idade superior a 40 anos
- Aumento na densidade mamária
- Histórico de câncer de mama em parentes de 1º grau (mãe ou irmã)
- Histórico de câncer de ovário na família
- Descoberta de hiperplasia (aumento do número de células) atípica em biópsia mamária
- Exposição à radiação ionizante para tratamento de doenças como Hodgkin e Linfoma

TRATAMENTO

Clínicos e cirúrgicos. Os cirúrgicos são conhecidos como mastectomia, que pode ser total ou parcial. Já o tratamento clínico envolve vários tipos de medicamentos chamados quimioterápicos e hormonioterápicos, além da radioterapia, usada na sequência do tratamento cirúrgico ou em casos específicos de câncer avançado.

Fontes das artes: Instituto Nacional de Câncer (Inca), Secretaria de Saúde de Pernambuco e Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP)

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