Afinal, por que o dólar é tão importante para a economia?

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Afinal, por que o dólar é tão importante para a economia?

MARÍLIA BANHOLZER
Publicado em 23/09/2015 às 15:07
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RESERVAS MUNDIAIS -Desde a Segunda Guerra Mundial que os países adotaram o dólar como moeda forte na hora de compor suas reservas e fazer transações. Antes, o lastro do dinheiro que circulava no mundo era o ouro. Diversos países já investiram em alternativas para diminuir essa influência norte-americana, mas essas iniciativas não tiveram um impacto tão grande. "O Mercosul já utilizou moedas locais no comércio e os BRICS (Brasil, Rússia, Ìndia e China) vêm criando um banco único. Mas o impacto é baixo", disse o professor José Alexandre. 

Nos EUA, o governo precisa lidar com muita cautela nas intervenções que faz na economia. O Federal Reserve, o Banco Central norte-americano, pode aumentar os juros, que hoje estão no patamar quase zero, e isso acaba influenciando mercados como a Europa, que se recupera da crise e a América Latina, muito dependente das variações cambiais. "Os EUA controlam a moeda, mas eles não podem interferir tanto pois pode perder o nível de credibilidade. Os mercados tenderiam a adotar outra moeda mais forte."


HISTÓRICO DE ALTA -
Desde que foi criado, o Real já sofreu outras crises cambiais. Em janeiro de 1999, o dólar custava R$ 1,12 e chegou a ser cotado a R$ 2,17. "Houve uma fuga muito grande de dólares e incerteza por parte dos investidores, como agora", lembra Alexandre. Em 2002, às vésperas da eleição de Luís Inácio Lula da Silva existiu um temor grande por parte do mercado do governo petista e a cotação chegou a R$ 4,00 (cerca de R$ 6,90 em valores de hoje). "Nos dois casos, o mercado usou seus mecanismos para se acomodar e se adaptar", disse. 

O economista do Centro de Desenvolvimento Empresarial de Pernambuco (Cedepe) disse que o momento atual é mais crítico. "Após a eleição de Lula tínhamos a expectativa de momentos melhores apesar do temor inicial. Hoje não temos perspectiva. Estamos vivendo um horizonte opaco, de muitas incertezas", disse. "E a melhora virá através do fim da instabilidade política e econômica. E não a ver com a saída da presidente Dilma, mas sim de propostas concretas de melhoria. Hoje não existe um projeto de Brasil, mas sim de manutenção de governo", completou.

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