O dólar comercial acelerou o ritmo de baixa com que vinha operando e já cai mais de 1% nesta tarde, e opera abaixo do patamar dos R$ 3,60. A tendência de queda é determinada essencialmente por fatores internos, como fluxo de recursos positivo e os bem sucedidos leilões do Banco Central. Às 15h40m, a moeda americana caía 1,26%, cotada a R$ 3,589 na compra e R$ 3,594 na venda.
Operadores afirmam que há um pequeno 'rali' dos investidores, que aproveitam o cenário mais ameno para realizar lucros, já que os mercados de ações e de títulos da dívida externa também têm desempenho positivo. Para isso, também contam com uma leve melhora no mercado americano, onde as bolsas operam em leve baixa.
O dia tinha como principal destaque a repercussão do discurso de George W. Bush, ontem à noite no Congresso americano. Os mercados internacionais reagiram mal à fala do presidente dos EUA e registraram fortes quedas, que contaminaram os negócios por aqui. Mas quem roubou a cena foi o Banco Central brasileiro, que em momento oportuno vendeu mais US$ 300 milhões em linhas externas e conseguiu reduzir a pressão sobre o dólar.
De quebra, ainda influenciou o cupom cambial (juros em dólar), utilizado como referência no leilão de contratos de swap cambial, outra operação em que o BC teve sucesso. A autoridade monetária vendeu, com juros menores, US$ 790 milhões em swaps. Com isso, completou a rolagem de US$ 1,7 bilhão da dívida pública que vence no dia 3.
Operadores afirmam ainda que o fluxo cambial esteve positivo por toda a manhã, embora sem entradas consideradas expressivas. Os ingressos foram verificados tanto no segmento comercial como no financeiro, indicando que os recursos são de exportações e captações externas. Diante do cenário interno favorável, o mercado brasileiro consegue a proeza de andar na contramão dos demais mercados, que ainda registram desempenho negativo.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para liquidação em fevereiro está em R$ 3,607, com queda de 1,12%.
Fonte: GloboNews.com
