Crise penitenciária

Rebelião no RN expõe 'péssimas' condições de presídio, segundo CNJ

Maria Luisa Ferro
Maria Luisa Ferro
Publicado em 16/01/2017 às 9:43
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Ainda não há registro de mortos na rebelião registrada nesta segunda-feira (16) em Natal / Foto: Divulgação/Sejuc

Ainda não há registro de mortos na rebelião registrada nesta segunda-feira (16) em Natal Foto: Divulgação/Sejuc

Conhecida como Cadeia Pública de Natal, o Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato Fernandes, palco da rebelião mais recente no Rio Grande do Norte, registrada nesta segunda (16), foi classificado com condições péssimas pelo relatório da Comissão Nacional de Justiça (CNJ). Projetado para abrigar 166 presos, o centro de detenção já conta com mais de 600 homens alojados em precarias instalações no local.

Ainda nesta manhã, a rebelião foi controlada. 

Além da superlotação, o Raimundo Nonato está sem grades, que foram arrancadas nas rebeliões anteriores. De acordo com Vilma Batista, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte, os presos que realizaram a movimentação na Cadeia Pública afirmaram que essa represália às mortes ocorridas na rebelião no Complexo de Alcaçuz nesse fim de semana não devem acontecer apenas nas penitenciárias do RN.

Grupo de Operações Especiais está no local

O Grupo de Operações Especiais entrou no presídio Raimundo Nonato por volta das 7h30 (horário local). Os presos rebelados tentaram derrubar uma parede do local e atacar os detentos ameaçados de morte, mas foram impedidos pelos agentes. Até o momento, não foram registradas mortes no local. 

Barricadas foram construídas para impedir a entrada dos agentes carcerários e os detentos ameaçaram atacar os outros presos alojados no Pavilhão 2, que costumam ajudar nos serviços gerais do presídio. Ainda há tensão dentro da penitenciária, mas os agentes conseguiram barrar o contato entre os presos rebelados e os que seriam atacados.

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