Papa aceita renúncia do arcebispo da Paraíba por escândalo de pedofilia

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Papa aceita renúncia do arcebispo da Paraíba por escândalo de pedofilia

Gustavo Belarmino
Publicado em 06/07/2016 às 8:34
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Boletim do Vaticano traz desligamento de Dom Aldo da Arquidiocese da PB| Foto: reprodução

O próprio Dom Aldo Pagotto utilizou a mesma página virtual para publicar uma carta aberta em que lista alguns fatores que o obrigaram a tal atitude. No texto, o religioso rebate denúncia feita por um blog da capital da Paraíba que o coloca, junto com outros padres em atividade em João Pessoa, em meio a um escândalo envolvendo supostos encontros sexuais em casas paroquiais. Para ele, a publicação foi "difamatória" e "provocatória". Dom Aldo disse ainda que "embora sofra muito, mantém a consciência em paz". 

 

E pede perdão no item 10 da carta, em que diz também que segue o exemplo de SS. o Papa Bento XVI, dando o espaço àquele que Deus enviar para o bem de sua Igreja. "Deixo registrado o meu pedido sincero de perdão às pessoas a quem eu tenha feito sofrer, voluntária ou involuntariamente. Cometi erros, acertei passos, estou disposto a caminhar com quem queira caminhar, construindo dias melhores para todos, superando o apego a cargos, títulos, privilégios."

O papa Francisco escolheu Dom Genival Saraiva de França para assumir o governo da Igreja Metropolitana da Paraíba até que um novo arcebispo seja eleito e tome posse canônica. Apesar de a Arquidiocese e Dom Genival Saraiva atribuírem a saída de Dom Aldo a problemas de saúde, o bispo emérito não cita qualquer enfrentamento a doenças em sua carta. 


LEIA MAIS:
» Nota oficial da Arquidiocese da Paraíba
» Carta aberta do arcebispo da Paraíba, Aldo Di Cillo Pagotto

Depois do início da investigação do Vaticano, em 2015, Di Cillo Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas. Segundo a imprensa italiana, o caso teria vindo à tona com a carta de denúncia de uma jovem mulher.

O papa Francisco decidiu no início de junho pressionar a hierarquia católica a abrir caminho para o afastamento de padres culpados por negligência envolvendo casos de pedofilia dentro da Igreja.

Francisco criou uma instância judiciária para julgar os padres pedófilos e instituiu uma comissão internacional de especialistas encarregados de propor medidas de prevenção desses casos.
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