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Começa obra que vai mudar trânsito no Espinheiro por quatro meses

Amanda Miranda
Amanda Miranda
Publicado em 09/12/2015 às 19:06
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Moradores já fizeram vários protestos contra os alagamentos na Rua do Espinheiro  / Foto: Marcela Balbino/Arquivo Blog de Jamildo

Moradores já fizeram vários protestos contra os alagamentos na Rua do Espinheiro Foto: Marcela Balbino/Arquivo Blog de Jamildo

A Rua do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, está, a partir desta quarta-feira (9), com uma faixa bloqueada para uma obra de drenagem orçada em R$ 1,7 milhão e que deve durar 120 dias. Haverá mudanças no tráfego da área ao longo desses quatro meses. O objetivo da intervenção, realizada pela Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), é acabar com os alagamentos na via, que é um dos pontos críticos na capital pernambucana.

A obra será realizada em quatro partes, sempre com trabalhos de segunda a sábado - das 7h às 20h nos dias úteis e das 7h às 18h nos sábados. A ação será em 700 metros da via.


Mapa: Divulgação

A primeira etapa é no trecho de 174 metros entre a Rua Quarenta e Oito e a Avenida João de Barros, onde o trânsito já está bloqueado na faixa da esquerda. Devido à interdição, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) orienta os condutores a seguirem por rotas alternativas, evitando congestionamentos. "A obra começa agora porque há uma redução de 20% no fluxo de veículos para as férias", afirmou a presidente do órgão, Taciana Ferreira. Passam por lá diariamente cerca de 7 mil veículos.

Onze linhas de ônibus circulam pela Rua do Espinheiro. De acordo com Ferreira, eles terão prioridade durante o serviço. É por isso que um plano de mobilidade foi montado e será acionado se houver necessidade de bloquear mais faixas de rolamento. Caso duas faixas da Rua do Espinheiro sejam fechadas ainda na primeira etapa, apenas os coletivos poderão circular por lá.

Carros, motos e caminhões deverão usar a Rua da Hora, que poderá ter sentido invertido entre a Rua Quarenta e Oito e a Avenida João de Barros, onde foi instalado um semáforo. O sinal não está funcionando ainda e só será acionado se a mudança acontecer. No entanto, a Emlurb defende que não há previsão para isso.

Para minimizar os engarrafamentos, mesmo que não seja necessário bloquear duas faixas, a CTTU alterou os planos semafóricos da Avenida João de Barros e da Rua do Espinheiro. Dezesseis agentes e orientadores de trânsito vão atuar nos cruzamentos.

A previsão é que essa primeira etapa seja realizada em dois meses. Depois será iniciada a segunda, entre a Rua Quarenta e Oito e a Rua Barão de Itamaracá, um trecho de 150 metros. Lá, se houver interdição de mais de uma faixa, a mudança no trânsito será na Rua Conselheiro Portela, que poderá passar a ter duplo sentido de circulação caso haja necessidade.

A terceira etapa será entre as ruas Barão de Itamaracá e Santo Elias, o que equivale a 168 metros. Lá, se for preciso bloquear duas faixas para fazer o serviço, será feito um desvio pela Rua Santo Elias, de onde os motoristas poderão pegar a Rua da Hora e a Barão de Itamaracá. A última fase, que deve acabar em abril, será nos 204 metros entre a Rua Santo Elias e a Rua Amélia, um dos trechos mais críticos.

OBRA - De acordo com o presidente da Emlurb, Antônio Barbosa, a rede de drenagem do bairro do Espinheiro tem 50 anos e está defasada, o que provoca alagamentos e transtornos à população. No último inverno, moradores chegaram a protestar através de um cartaz colocado no cruzamento entre as ruas do Espinheiro e Quarenta e Oito. "Os tubos estavam completamente comprometidos", afirmou. "A rede foi construída para outra realidade. Eram casas, não prédios."

Caixas de passagem e poços de visita, as conhecidas - e alvo de reclamações - "bocas de lobo" serão alvo da intervenção. Hoje, elas estão a cada cinco metros. Após a obra, deverão ser vistas a cada 20 metros. "Foram feitas intervenções sem solucionar o problema", constatou a diretora de Manutenção Urbana da Emlurb, Fernandha Batista. Além disso, serão implantados, nos quatro trechos, tubos de 900, 750 e 600 milímetros. A perfuração para isso será de três metros.

Essa é a última fase de uma obra que vem desde dezembro de 2014. A intervenção começou com a substituição da rede de drenagem na Avenida João de Barros, no trecho entre o viaduto da Avenida Agamenon Magalhães e a Rua do Espinheiro, além da recuperação de calçadas e do meio fio. O recapeamento da João de Barros foi este ano. A implantação de caixa de passagem e de tubulação no cruzamento da Avenida João de Barros com a Rua do Espinheiro foi a segunda fase. O custo total do sistema, já englobando a obra que começou nesta quarta (9), é de R$ 3 milhões.

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