Acessibilidade nas paradas de ônibus: um desafio a ser enfrentado pelo Recife e RMR

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Acessibilidade nas paradas de ônibus: um desafio a ser enfrentado pelo Recife e RMR

Júlio Cirne
Publicado em 03/12/2015 às 18:30
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O cadeirante Jackson Ramos sai de casa, no bairro de Jardim São Paulo, e encontra dificuldades de locomoção e acessibilidade nas paradas de ônibus - Júlio Cirne/JC Trânsito
Paradas de ônibus do Recife estão instaladas em calçadas estreitas - Júlio Cirne/JC Trânsito
Algumas paradas não contam sequer com cobertas para a proteção do sol e da chuva - Júlio Cirne/JC Trânsito
Falta de manutenção: ferrugem corrói parada na Avenida Conde da Boa Vista - Júlio Cirne/JC Trânsito
Fiação elétrica exposta em parada de ônibus na Avenida Conde da Boa Vista - Júlio Cirne/JC Trânsito
Falta de educação: população suja as paradas que já estão degradadas pelo tempo e pela falta de manutenção - Júlio Cirne/JC Trânsito
Paradas importantes, como as da Praça do Derby, não contam com informações básicas como o nome das linhas que param no local - Júlio Cirne/JC Trânsito
Até plantas já estão nascendo nas paradas de ônibus da Avenida Conde da Boa Vista - Júlio Cirne/JC Trânsito

Um dos locais de maior fluxo de pessoas no Recife, a área Central, principalmente os bairros do Derby e da Boa Vista, é o local que mais recebe críticas de quem precisa se locomover de ônibus para resolver as obrigações cotidianas. Mãe do cadeirante e paratleta Jackson da Silva Ramos, de 25 anos, a dona de casa Lindacy Maria da Silva Ramos, com 48 anos, reclama principalmente da infraestrutura das paradas de ônibus, que não estão preparadas para atender às necessidades especiais de pessoas com deficiência.

Algumas paradas não contam nem com cobertas para proteger do sol e da chuvaFoto: Júlio Cirne/JC Trânsito

“São muito estreitas. Essa (parada de ônibus) aqui da Praça do Derby é maior um pouco, mas a maioria normalmente é pequena e descoberta. Quando chove a gente se molha, quando faz sol também é ruim, pois passamos muito tempo esperando o coletivo no calor”, disse dona Lindacy. Quando conversou com o JC Trânsito, na manhã des?s???a quarta-feira (2), a dona de casa vinha de uma consulta médica com Jackson no bairro do Derby. Morando em Jardim São Paulo,? bairro Zona Oeste do Recife,? mã?e? e filho contam que demoram cerca de duas horas quando precisam sair ?de lá para chegar à área central.

Apesar de todas as dificuldades, Jackson não se deixa vencer por elas. ?E?ste ano o jovem começou a jogar basquete, através de um programa de inclusão oferecido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mesmo com o lugar dos treinamentos sendo mais próximo de sua casa, Jackson mantém a mesma reclamação da mãe: “A parada não é boa e o motorista sempre para longe de onde estamos para subir no ônibus”, disse o jovem. “Isso quando o carro está preparado para ele”, reiterou dona Lindacy, dizendo que alguns veículos ainda não possuem o equipamento necessário para que cadeirantes embarquem nos ônibus.

Jackson encontra dificuldades para embarcar no ônibus, pois o motorista para muito longe de onde ele está. Confira o vídeo:


PERSPECTIVAS PARA PERNAMBUCO - Atualmente, a RMR conta com aproximadamente 5.850 paradas de ônibus, padronizadas em cinco modelos diferentes: abrigos de metal coberto; abrigos feitos de concreto; montante, que são placas de metal com aproximadamente 1,80m de altura; colunas em "L" e placas em poste de concreto. O Grande Recife informa que as paradas nesse último modelo só são usadas para indicar os pontos quando não é possível utilizar modelos de outro tipo. 

Ainda segundo o consórcio, um trabalho de reparos pontuais vem sendo realizado nas paradas do Centro do Recife. Além disso, será lançada em breve uma licitação para a manutenção de todos os abrigos de ônibus da RMR. A licitação está na fase interna (ajustes no edital) e após a conclusão será enviado à Secretaria de Administração para análise e publicação do edital. O contrato de concessão terá validade de 20 anos.

A respeito da adaptação das paradas, a assessoria do Grande Recife informou que ainda não há pontos específicos estabelecidos para esse tema, mas que a matéria será incluída no processo de análise do edital. 

O consórcio atenta para que população zele pelo bom estado das paradas existentes e informa que, apenas de janeiro a julho de 2015, foram gastos mais R$ 404 mil em reparos de danos que foram causados por vandalismo.

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