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Faça login ou cadastre-seMotociclista é flagrado se arriscando entre os carros e ainda bloqueando o trânsitoFoto: Amanda Miranda/JC Trânsito
Estação Vila Naval, já em funcionamento, já teve parte quebrada por causa de caminhão. Peças foram solicitadas, mas não há previsão para o conserto
O entregador Flávio dos Santos, 33, percorre a Cruz Cabugá diversas vezes por dia e afirma que os motoristas que passam pela via costumam não respeitar a distância mínima de 1,5 metro de quem está de bicicleta, o que poderia lhes render multa de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira, se houvesse fiscalização. "Aqui não tem espaço para ciclofaixa, então o jeito é dividir o espaço, ter atenção e aguentar os trancos que levo", lamenta. A ciclofaixa mais próxima é na Rua da Aurora.
Apesar desses problemas, as obras de duas estações de BRT no bairro de Santo Amaro, iniciadas em junho de 2013 e ainda em andamento, são consideradas o principal motivo de tantos congestionamentos na Cabugá. São quatro paradas que compõem o Corredor Norte/Sul e, portanto, deveriam estar prontas há um ano, para a Copa do Mundo. O custo para construir cada uma é R$ 2,5 milhões, dos R$ 187 milhões contratados para o corredor, segundo valores divulgados pela Secretaria das Cidades.
As estações Araripina e IEP, entre as avenidas Norte e Mário Melo, ainda não estão prontas, mas a nova promessa da pasta é entregá-las à população em junho. Até lá, a via terá afunilamentos que provocam retenções nos dois sentidos.
Duas estações estão em funcionamento: Vila Naval, onde o teto já está quebrado, e Santa Casa da Misericórdia. Porém, com a desordem da via, carros usam o trecho de faixa exclusiva, que não está ainda em toda a avenida, atrasando as viagens.
Expectativa é de concluir as obras das estações, que se arrastam há dois anos, no próximo mês
Usuário constante da estação Santa Casa da Misericórdia, o aposentado Manoel Marcolino, 50, afirma que o sistema está melhorando, mas lamenta o tempo que os ônibus ainda perdem no meio dos carros, sem corredores exclusivos. "Com o tempo, os motoristas vão entender que têm que ficar na faixa deles. Enquanto não respeitarem isso, vai ficar assim. Isso é por falta de educação", defende.
Com o fim das obras, no entanto, haverá uma faixa exclusiva para o BRT no sentido Recife/Olinda, restando apenas uma faixa para carros, motos e ônibus comuns. Será priorizado o transporte coletivo na via, mantendo a proibição do acesso de veículos comuns a partir do Cemitério dos Ingleses até o fim da via. O acesso já é restrito, porém raramente respeitado.
No sentido Olinda/Recife, que atualmente tem três faixas de tráfego misto, terá uma exclusivamente para os BRTs e duas para os outros veículos. As linhas comuns, que funcionarão em número menor, terão paradas na calçada, como funciona atualmente, deixando uma faixa livre. "Hoje não é corredor exclusivo. Vamos fazer o isolamento com tachões, além da faixa pintada", explica o gerente de Obras da secretaria, Gustavo Gurgel.
Faixas de pedestres não estão em bom estado. Mas a CTTU afirma que uma tinta melhor será usada após o recapeamento, previsto para este ano
De acordo com a CTTU, o projeto apresentado pela Secretaria das Cidades ainda está sendo avaliado. Dessa forma, poderá passar por alterações. "Naturalmente as pessoas vão se acomodar, procurar outras vias para evitar a Cabugá", afirma Agostinho Maia, usando a Avenida Agamenon Magalhães, igualmente engarrafada, como exemplo. "Temos que aguardar a conclusão da obra para avaliar." Cerca de 20 mil veículos trafegam na Cruz Cabugá todos os dias.
PASSAGEIROS - Se no BRT o problema é a obra, atrasada em um ano, a questão para quem pega os ônibus tradicionais é falta de respeito. "Os ônibus se alinham de uma forma que conseguem cortar a parada, mesmo tendo passageiros esperando. Não podemos fazer nada, pois reclamamos e não tem punição", protesta o eletrotécnico Abraão da Silva, 57, usuário da linha Amparo.