Viadutos são barreiras para pedestres na Grande Recife

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Viadutos são barreiras para pedestres na Grande Recife

Mayra Cavalcanti
Publicado em 03/02/2015 às 17:11
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Viaduto das Cinco Pontas - Mayra Cavalcanti/NE10
Viaduto Capitão Temudo - Mayra Cavalcanti/NE10
Viaduto Capitão Temudo - Mayra Cavalcanti/NE10
Viaduto Capitão Temudo - Mayra Cavalcanti/NE10
Viaduto da Avenida Norte - Mayra Cavalcanti/NE10


Diferentemente dos viadutos, as pontes dão um exemplo, mesmo que forçado, de que o pedestre também tem que ter o seu espaço. O professor de engenharia civil da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Leonardo Meira explica que as pontes precisam obrigatoriamente de calçada porque a passagem por baixo é impossibilitada devido à presença de água. "Como não tem como ir a nado, geralmente as pontes têm calçadas, mas existem viadutos com esta mesma necessidade, como o Capitão Temudo, que fica em cima de uma linha de trem. Cada situação tem que ser analisada particularmente", comenta.

De acordo com ele, não há impedimento estrutural para que os viadutos também sejam dotados de um lugar para quem está a pé. "A prioridade são os pedestres. Antes de fazerem o projeto dos viadutos, é preciso pensar em uma rota segura e cômoda para eles, seja por onde for. Por isso, no Temudo, tiveram que tirar o espaço dos carros para improvisar uma calçada. O ideal é pensar isso antes e já designar o espaço para o pedestre", declara. 

A estudante Joyce Balbino, 19 anos, tem que deslocar todos os dias pelo Viaduto Capitão Temudo para chegar à escola. "O que complica é que eles improvisaram uma calçada apenas de um lado do viaduto (sentido Olinda-Boa Viagem) e, para voltar, tenho que ir do outro lado, pelos carros mesmo. Já levei queda para desviar deles, um perigo", afirma.

Assim como os viadutos, a Via Mangue também não possui um espaço próprio para os pedestres passarem. Para Leonardo, o fato de ela ser uma via expressa não justifica que não tenha calçada. "Toda via que você abre tem que ter calçada. A mobilidade deve ser feita para as pessoas e não para os automóveis, por isso eu acredito que teria que ser obrigatório que houvesse um espaço para quem está a pé", defende.
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