Nadador americano Feigen pede desculpas e paga multa de R$ 35 mil

A mentira pesou, ao menos, no bolso. Após prestar depoimento à Polícia do Rio de Janeiro, na noite dessa quinta-feira (19), o nadador americano James Feigen fez um acordo e pagou R$ 35 mil de multa pelos transtornos causados pela falsa comunicação de que eles e seus companheiros teriam sido assaltados. O atleta também pediu desculpas e foi liberado para voltar aos Estados Unidos, um dia após os seus companheiros Gunnar Bentz e Jack Conger terem embarcado de volta ao seu País, após prestarem depoimento. 

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O dinheiro da multa, já paga, será doado para Instituto Reação, entidade não governamental que promove a inclusão social de jovens através do judô e que revelou a medalhista de ouro Rafael Silva. 

O acordo para o pagamento da multa foi selado após negociação no Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos, em uma audiência que durou quatro horas. No depoimento, James Feigen afirmou que soube das declarações do companheiro de equipe Ryan Lochte sobre o ocorrido à mídia internacional e as considerou inverídicas. Feigen disse não saber porque o compatriota deu essas declarações. 

Comitê Olímpico dos Estados Unidos também pede desculpas

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos pediu desculpas aos brasileiros pelo episódio em que quatro nadadores vandalizaram um posto de gasolina no Rio de Janeiro e forjaram assalto. "Gostaríamos de nos desculpar com nossos anfitriões no Rio e com o povo brasileiro por essa tentativa de distração no meio do que deveria ser uma celebração", afirmou o comitê em nota. "O comportamento dos atletas não é aceitável e não representa os valores da equipe dos Estados Unidos ou a conduta da grande maioria de seus membros. Vamos analisar o assunto e potenciais consequências para os atletas assim que eles chegarem ao País", completa. 

Os nadadores Gunnar Bentz e Jack Conger, que também prestaram depoimento à Polícia Civil do Rio afirmaram que foram abordados por homens fardados e armados no último fim de semana, quando voltavam de uma festa. Com a ajuda de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas, além das versões controversas que os nadadores apresentaram, as autoridades brasileiras chegaram à conclusão de que o assalto foi forjado e que os estrangeiros, na verdade, vandalizaram um posto de gasolina, sendo, posteriormente, abordados pelos vigilantes do estabelecimento que cobravam dinheiro para cobrir o prejuízo.