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Faça login ou cadastre-seA goleira sueca, Hedvig Lindahl, enfrentou uma batalha mais dura do que Hope Solo, goleira dos EUA, podia imaginar: o sol forte de Brasília sobre sua pele com vitiligo. Foto: Evaristo Sá / AFP
“Hoje usei um protetor fator 50”, disse a defensora escandinava após o jogo. “Apliquei antes e depois do aquecimento e também no intervalo. Mesmo assim, estou com algumas queimaduras no rosto agora. Estava sentindo que o sol e o calor se tornaram meu inimigo.”
Durante o primeiro tempo, Hedvig jogou no gol que ficava sob o sol no Estádio Mané Garrincha. Na segunda etapa, trocou de lado e teve um alívio. “No segundo tempo eu joguei na sombra, então, não foi tão ruim. Se eu jogo 20 minutos no sol, é claro que isso vai afetar a minha pele.”
“É algo realmente difícil psicologicamente, porque você é diferente e deve ter grandes manchas no seu corpo. Mas eu tento pensar que somos únicos.”
Na terça-feira (16), Hedvig terá mais um desafio pela frente: o jogo contra o Brasil está marcado para as 13h, hora de sol forte, no Maracanã. A previsão do tempo, porém, pode animá-la. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, pode haver chuva fraca a moderada e tempo nublado durante a partida.
A diminuição da exposição solar é uma das orientações da Sociedade Brasileira de Dermatologia para pacientes com diagnóstico de vitiligo, como a goleira sueca. A entidade também recomenda o combate a outros fatores que possam precipitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes – como evitar o uso de vestuário apertado, que provoque atrito ou pressão sobre a pele, e controlar o estresse.
De acordo com a sociedade médica, o vitiligo é uma doença caracterizada pela perda da coloração da pele. As lesões se formam devido à diminuição ou ausência de melanócitos – células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele.
As causas ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a condição.
Ainda segundo a entidade, não existem formas de prevenção do vitiligo. Como em cerca de 30% dos casos há histórico familiar, os parentes de pessoas afetadas pelo quadro devem fazer vigilância periódica da pele e recorrer ao dermatologista caso surjam lesões.