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Olimpíadas: relatório aponta que contrato para apoio tem superfaturamento de R$ 9,5 milhões

Inês Calado
Inês Calado
Publicado em 21/07/2016 às 11:10
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Relatório da CGU acessado pelo UOL apontou superfaturamento no contrato entre o Ministério do Esporte e a FGV / Foto: EBC

Relatório da CGU acessado pelo UOL apontou superfaturamento no contrato entre o Ministério do Esporte e a FGV Foto: EBC

Um relatório da Controladoria Geral da União (CGU) aponta que o contrato entre o Ministério do Esporte e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para apoio às Olimpíadas do Rio-2016 teve superfaturamento de R$ 9,5 milhões. Em 2015, o Ministério acordou com a FGV o total de R$ 54,460 milhões com o objetivo de economizar nos gastos com as obras do evento. O valor é usado para pagar consultores e fazer levantamentos de preços para itens de instalações dos Jogos.

Segundo o UOL, que fez a denúncia, a CGU encontrou problemas de superfaturação na cotação de preços para os itens olímpicos. Um equipamento chamado Águas Pluviais, por exemplo, gerou uma cobrança da FGV de R$ 187 mil para a cotação. Apenas um item foi cotado pela fundação, porém, e ele custou R$ 92,40. Ou seja, a avaliação dos preços gerou gasto 2 mil vezes maior do que o valor do produto. 

Há vários outros exemplos de equipamentos que não batem com as contas feitas, como um que custava R$ 93 mil, mas o levantamento saiu por R$ 281 mil. A FGV nega ter feito cobranças a mais do que o previsto no acordo, enquanto o Ministério do Esporte afirma que vai apurar possíveis irregularidades e tomar providências.

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