A investigação será coordenada pelo especialista que denunciou um "doping de Estado" russo, com a participação "ativa" do serviço secreto do país Foto: AFP
A 17 dias do início dos Jogos do Rio, e no dia seguinte ao relatório McLaren sobre o doping na Rússia, o COI decidiu nesta terça-feira (19) estudar "todas as opções legais" entre uma exclusão coletiva da Rússia "e o direito à justiça individual dos esportistas russos".
Em seu comunicado, o Comitê Olímpico Internacional precisa que "levará em consideração" a opinião do Tribunal Arbitral de Lausana, esperada sobre o recurso de 60 atletas russos pela suspensão da Federação russa de Atletismo.
O COI, que reuniu em caráter de urgência sua comissão executiva nesta terça-feira, pediu consequentemente "a todas as federações internacionais (de diferentes esportes) de iniciar investigações profundas e, em caso de infração do código mundial antidoping, pedir à federação internacional correspondente de tomar medidas contra as federações russas".
Essas investigações deverão ser coordenadas com o trabalho do especialista independente Richard McLaren, que na terça-feira denunciou em seu relatório um "doping de Estado" russo, com a participação "ativa" do serviço secreto do país.
O COI também proibiu ao ministro russo dos Esportes, Vitaly Mutko, de comparecer em agosto aos jogos do Rio-2016, anunciando que "não dará nenhuma credencial aos oficiais do ministério e a toda pessoa citada no relatório McLaren".
No relatório, encomendado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), McLaren apontou para Mutko e seu assistente Iuri Nagornykh como peças importantes do sistema de doping em 30 esportes e encoberto pelo Estado russo, em prática desde 2011.
A comissão executiva do COI, que se mostrou "preocupada com as falhas na luta contra o doping", decretou que o COI "não organizará nem dará aval a qualquer encontro ou evento esportivo na Rússia