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Faça login ou cadastre-seAndré era considerado franzino para o futebol português. Foto: Sporting.
É o mesmo jogador, com os mesmos desafios.
Mas por motivos distintos.
O André que retorna ao Sport agora, assim como na primeira passagem no Leão, em 2015, chega assombrado por críticas pelas suas últimas atuações e perseguido pela torcida do ex-clube.
Foi assim no Atlético/MG, antes da primeira passagem na Ilha do Retiro. É assim agora, após deixar o Sporting Lisboa.
O cenário é o mesmo, mas é bom ficar atento às diferenças.
Se a passagem pelo Galo foi marcada pela conduta duvidosa no extra-campo, que rendeu ao jogador quilos a mais, velocidade e agilidade a menos, além do nada lisonjeiro epíteto de “Balada”, a estada em Lisboa não rendeu o esperado por motivos distintos que nada tiveram a ver com o apego demasiado à boemia.
André “fracassou” em Alvalade, primeiro, por não se encaixar fisicamente no estilo de jogo do futebol português.
Considerado “franzino”, havia uma esperança de que ele compensasse a falta de estrutura física com velocidade e, principalmente, gols, assim como fez o compatriota Liedson.
O que não ocorreu, mas não porque André não estivesse condicionado. Pelo contrário, estava “fininho” e sempre que acionado mostrou disposição e velocidade.
O problema – e aí reside o segundo motivo – é que a atual situação do Sporting não abriu margens para um período de adaptação ou de recuperação para André.
Vindo de um longo jejum de títulos, o Sporting foi alijado nas quatro competições da temporada: Taça de Portugal, Taça da Liga, Champions League e no Português é o terceiro, dez pontos atrás do rival local, o Benfica.
Para piorar, em duas dessas competições – na Champions e na Taça da Liga – André foi protagonista de lances cruciais. Teve a chance de marcar o gol que classificaria o Sporting para a Liga da Europa, contra o Legia Varsóvia, sem o goleiro na barra e errou o alvo.
Na Taça da Liga, a situação se repetiu. Frente ao Vitória de Setúbal, novamente a barra escancarada, sem goleiro, e o atacante desperdiçou o gol que manteria o Sporting na competição.
Se os “adeptos” do Sporting precisavam de um culpado, André se encaixou perfeitamente.
O atacante não foi a única vítima da situação. Considerado craque no Brasil, o volante Elias mofou no banco em Alvalade e pelo mesmo motivo: era considerado fraco fisicamente para barrar os adversários e lento para sair com a bola.
O Sporting tem outros brasileiros no elenco, mas de melhor sorte, como o meia Bruno César, uma espécie de “coringa”, usado ora de volante, ora de meia e até de avançado, e o lateral-esquerdo Jefferson, que passou pelo Náutico (2012) e é titular na posição, menos pela técnica e mais pelo vigor físico. Há ainda outro defensor, Douglas, com nacionalidade holandesa.
Ao torcedor do Sport, a expectativa de que o retorno ao clube onde viveu sua melhor fase no passado recente recupere a estima perdida pela campanha de depreciação vivida em Lisboa, afinal, fisicamente ele parece bem condicionado.
Para não dizer que a passagem por Lisboa foi de todo mal, André pôde conviver com sistemas de treinamento onde a questão tática é ultra-valorizada e ainda teve a oportunidade de disputar uma Champions, num grupo que tinha o Borrussia Dortmund e o Real Madrid. Não é nada, não é nada, mas não é uma experiência de jogar fora.