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Ministério Público da Bolívia apreende dois aviões da LaMia

Karol Albuquerue
Karol Albuquerue
Publicado em 08/12/2016 às 16:48
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No voo que levava a delegação da Chapecoense, 71 pessoas morreram, sendo 19 jogadores da Chape. / Foto: Divulgação/Chapecoense

No voo que levava a delegação da Chapecoense, 71 pessoas morreram, sendo 19 jogadores da Chape. Foto: Divulgação/Chapecoense

O Ministério Público da Bolívia apreendeu no fim da tarde de quarta-feira, em Cochabamba, dois aviões que pertencem à empresa aérea LaMia, apontada como responsável pelo acidente que matou 71 pessoas na semana passada na Colômbia. As duas aeronaves estavam paradas para manutenção desde 2014.

De acordo com os jornais bolivianos La Razón, de La Paz, e El Deber, de Santa Cruz de la Sierra, a ordem de "sequestro de bens para fins investigativos" foi dada por Jacqueline Ponce, fiscal anticorrupção de Cochabamba. Foram apreendidos, no hangar de manutenção da Força Aérea Boliviana da cidade, duas aeronaves do modelo AVRO RJ 85, com matrículas bolivianas CP 2997 e CP 2998.

O ato judicial, segundo a fiscal, é uma cooperação e uma resposta a um pedido da comissão de fiscalização de Santa Cruz de la Sierra, que iniciou uma investigação a respeito das causas do acidente com o voo 933 da LaMia, terça-feira passada, nos arredores de Medellín. Morreram 71 pessoas, sendo 19 jogadores da Chapecoense.

Pelo que relata o El Deber, a representante do Ministério Público chegou à base aérea com vários policiais e, depois de inspecionar as aeronaves, de receber explicações técnicas e realizar um inventários das mesmas, procedeu o sequestro dos aviões. 

Ainda de acordo com o jornal de Santa Cruz, Ponce disse que tomou a decisão porque os aviões podem servir de pagamento de indenização para as famílias das vítimas. Segundo ela, pelo que os técnicos explicaram, uma aeronave está em bom estado e a outra em estado regular.

Já o coronel Jaime Soria Jaldín, gerente geral de manutenção da FAB em Cochabamba, a LaMia deve 498 mil bolivianos (R$ 232 mil) pela utilização dos hangares e pelo serviço de manutenção das aeronaves. A FAB cobra a LaMia, em processo que corre na Justiça de Cochabamba.

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