Chuva, emoção e participação popular no adeus aos jogadores da Chape

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Chuva, emoção e participação popular no adeus aos jogadores da Chape

Julliana de Melo
Publicado em 03/12/2016 às 19:19
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Prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e presidente Michel Temer cumprimentam-se Foto: Beto Barata/PR

Após polêmica envolvendo sua ida à cerimônia, Temer decidiu ir ao velório das vítimas do acidente aéreo na Arena Condá. Ao Portal UOL, o presidente disse que decidiu ir de última hora. “Não poderia dizer que ia ao estádio ontem porque senão a segurança teria que revistar as pessoas que entram. Só comuniquei que vou lá agora, para facilitar a vida de todos”, disse.

Chuva não intimida público

A forte chuva que caiu em Chapecó na manhã deste sábado não espantou o público, que aguardou desde cedo a chegada dos corpos das vítimas do acidente aéreo de terça-feira (29), em que morreram jogadores e dirigentes da Chapecoense e jornalistas que viajavam para a cobertura da primeira partida da final da Copa Sul-Americana, que seria disputada na quarta-feira (30), entre o time catarinense e o Atlético Nacional, equipe da cidade colombiana de Medellín.

Os corpos chegaram por volta das 12h25 ao estádio, depois de um cortejo que percorreu as ruas da cidade. As arquibancadas ficaram lotadas de torcedores e populares que, emocionados, se abrigavam debaixo de capas e guarda-chuvas.

Em várias partes do estádio viam-se faixas em agradecimento ao povo da Colômbia, país onde ocorreu o acidente e que prestou atendimento e fez o resgate das vítimas. Na quarta-feira, uma cerimônia muito emocionante em homenagem às vítimas foi realizada no estádio de Medellín, exatamente no horário em que seria disputada a final da Copa Sul-Americana.

Alguns torcedores levaram à Arena Condá, inclusive, a bandeira colombiana. "Colombia, gracias por todo" (Colômbia, obrigado por tudo), dizia uma das faixas. Outra, em inglês, dizia:  "A todo mundo, o que nos resta é agradecer".

"O carinho que eles [colombianos] tiveram com todo o povo chapecoense, com todos os brasileiros, foi muito comovente. Por mais que a gente queira demonstrar o quanto estamos gratos, não há palavras para dizer o quanto estamos honrados por tê-los como irmãos, vizinhos. Eu acho que Deus colocou uma nação muito nobre, muito educada e cheia de princípios para ensinar para todo mundo a fraternidade e a solidariedades. Esses professores são os colombianos", disse Gustavo Braun, corretor de seguros que levava uma das faixas.

*Com informações da Agência Ansa

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